Sucessão da Vale (VALE3) tem lista paralela com dois nomes ligados ao governo, diz jornal
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a sucessão da Vale (VALE3) tem, além da lista de 15 possíveis candidatos elaborada pela consultoria Russel Reynolds, uma lista paralela composta por dois nomes ligados ao governo.
Segundo a publicação, estariam na corrida pela presidência da Vale o secretário executivo do Ministério de Fazenda, Dario Durigan, e o diretor executivo de minerais ferrosos e carvão da Vale, Marcelo Spinelli, que é tido como uma aposta do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Ou seja: o cenário, diz o jornal, é diferente daquele no qual o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, teria tentado emplacar Guido Mantega como CEO da Vale. Isso porque, desta vez, não há um candidato do governo, mas sim, nomes ligados à Brasília.
Durigan já havia sido citado como candidato
Essa não é a primeira vez que o nome de Dario Durigan é citado como candidato para se tornar presidente da Vale. Em meados de julho, o colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, já afirmado que o secretário da Fazenda estava na disputa.
Dario Durigan, braço direito de Fernando Haddad na pasta, teria sido sondado por conselheiros para entrar na corrida da sucessão da Vale.
Segundo a publicação, Durigan tem dito que, apesar do cargo que ocupa, não quer ser visto como candidato do governo. Além disso, teria topado ir adiante nas conversas apenas se houver um consenso em torno do seu nome.
O secretário da Fazenda é graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e já atuou como diretor de políticas públicas do WhatsApp no Brasil. Ele integra o conselho fiscal da Vale e é presidente do conselho de administração do Banco do Brasil (BBAS3).
Posteriormente, Jardim publicou que Durigan havia recebido duas aprovações importantes no processo:
a de Rubens Ometto, dono da Cosan (CSAN3), empresa que tem 4,9% de participação na Vale, e também do Bradesco (BBDC4), outro acionista relevante da empresa.
Além disso, Durigan ainda contaria com três votos do governo no conselho da Vale: do ex presidente da Previ, Daniel Stieler; do atual, João Fukunaga; e o de André Viana, representante dos funcionários.