Vale (VALE3): Justiça volta a interditar minas em Itabira
O Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG) voltou a interditar, nessa sexta-feira (5), o complexo das Minas da Conceição, Cauê e Periquito, da mineradora Vale (VALE3), localizado no município de Itabira, em Minas Gerais. Segundo a pasta, o local apresentava irregularidades que aumentavam os riscos de contaminação dos funcionários pelo coronavírus (Covid-19).
De acordo com o MPT-MG, a interdição do complexo da Vale será válida “até que futura sentença de mérito seja proferida ou implementadas as medidas determinadas pelos Auditores Fiscais do Trabalho”.
Além disso, os auditores indicaram que as irregularidades encontradas no local foram:
- Não realização de estudo epidemiológico, mesmo depois de obter os resultados dos exames de detecção de coronavírus;
- Aglomeração.
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A interdição do complexo da companhia foi assinada pelo desembargador do trabalho Marco Túlio Machado, e segundo ele, a decisão visa garantir que sejam feitos os “esforços necessários para evitar a propagação da pandemia no âmbito da empresa”.
Destaca-se que o complexo foi interditado pela primeira vez na última quarta-feira (27), após a Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais constatar que a mineradora não estava aderindo a medidas necessárias para impedir o avanço da nova doença entre seus funcionários.
Entretanto, cerca de 48 horas depois, a interdição foi suspensa, a pedidos da Vale. Segundo a Justiça, os trabalhadores “potencialmente infectados” não passavam da portaria da fábrica e estavam “recebendo toda orientação, atenção e acolhimento devidos”.
Vale terá que apresentar garantias de R$ 7,9 bi por Brumadinho
A mineradora comunicou na última quarta-feira (27) que a juíza da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude, da Comarca de Brumadinho, deferiu, parcialmente, uma liminar do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) para que a mineradora apresente garantias no valor de R$ 7,9 bilhões relacionadas ao desastre de Brumadinho.
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De acordo com o entendimento do MPMG, a Vale teria dificultado atividades de fiscalização de órgãos públicos no complexo, por meio de atitudes de seus funcionários.