JP Morgan corta preço-alvo da Vale (VALE3), com expectativa de baixa para o minério de ferro

O JP Morgan divulgou um novo relatório revisando as suas expectativas para o minério de ferro e, consequentemente, para as empresas do setor. Entre os destaques, o preço-alvo para a Vale (VALE3) foi reduzido.

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A casa ajustou suas previsões para o minério de ferro, reduzindo-as entre 3% e 5%. As novas projeções são de US$ 110 por tonelada em 2024, US$ 100 em 2025 e US$ 95 em 2026.

A revisão é resultado da queda na produção de aço na China e dos altos estoques de minério. Os analistas afirmam que, embora a curva de custos ainda ofereça suporte aos preços, a expectativa de menor consumo de aço na China nos próximos anos terá um efeito significativo. No curto prazo, a sazonalidade pode impulsionar os preços nos próximos meses, mas de forma temporária.

Com isso, o JP Morgan reduziu o preço-alvo para as ações da Vale (VALE3) de R$ 85 para R$ 77, o que ainda representa um potencial de valorização de 34%. Apesar do corte, a recomendação foi mantida como overweight (compra), com a empresa sendo considerada a preferida do setor pela casa.

Os analistas destacam que as ações VALE3 estão apresentando desempenho inferior ao do minério de ferro, com questões como a sucessão do CEO impactando o papel. Mesmo assim, segundo a casa, os preços projetados para a commodity, embora mais baixos, devem resultar em um fluxo de caixa significativo. Além disso, o banco acredita que as expectativas dos investidores são baixas, além de considerar o valuation da empresa atrativo, com um desconto em relação aos concorrentes.

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Já a Usiminas (USIM5) teve um rebaixamento duplo de overweight (exposição acima da média do mercado) para underweight (exposição abaixo da média do mercado), com o preço-alvo caindo de R$ 11 para R$ 5,50.

Os custos da siderúrgica não diminuíram conforme o esperado e o mercado de aço no Brasil permanece pressionado, justifica o JPMorgan. A empresa também enfrentará redução nas receitas provenientes da venda de minério de ferro, projeta a casa.

Para a Bradespar (BRAP4), o preço-alvo foi cortado de R$ 27,50 para R$ 24. Já no caso da CSN Mineração (CMIN3), a casa optou por retirar a meta de preço. Por fim, a CSN (CSNA3) teve alvo reduzido de R$ 13,50 para R$ 13.

Dessa forma, após a Vale, as preferências do são Bradespar (BRAP4; overweight), CSN (CSNA3; neutra), Usiminas (USIM5; underweight) e CSN Mineração (CMIN3; underweight).

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Guilherme Serrano

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