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Vale (VALE3) está descontada e analistas cortam preço-alvo para 2023. Quais os motivos?

Vale (VALE3) fecha acordo bilionário com controlada da Cemig (CMIG4) e compra participação na Aliança Energia

Vale (VALE3). Foto: Divulgação.

O Banco Safra revisou suas estimativas para a Vale (VALE3) em 2023 e decidiu cortar o preço-alvo de R$ 98 para R$ 91.

Os analistas reiteram a classificação de compra das ações da Vale, “apesar do fraco desempenho recente da ação, que em nossa opinião se deve principalmente às incertezas em relação ao crescimento econômico chinês, vemos que ela está sendo negociada com um valuation atraente e oferecendo um bom potencial de rendimento de dividendos“, de acordo com o relatório.

Entre outros aspectos, o Safra estima que a Vale, em 2022, entregue uma produção de minério de ferro de 305 Mt, contra os 350 Mt projetados anteriormente, com os números mais fracos do primeiro semestre do ano. Além disso, os analistas levam em consideram os problemas operacionais que impactam o restante do ano.

“Para 2023, esperamos que os volumes sejam 7% maiores, em 325 Mt, abaixo dos 385 Mt anteriormente”, diz o texto.

Já quando se trata dos preços do minério de ferro, os analistas apostam em US$ 95 por tonelada no segundo semestre do ano e US$ 91/ton em 2023, “ambos acima da nossa premissa anterior que estava abaixo da curva futura”. O Safra ressalta que os resultado dessas mudanças no Ebitda da Vale foi de +3% e -1% para 2022 e 2023, respectivamente.

De acordo com o relatório, a Vale está com um desconto considerável quando comparada a suas pares, a BHP e Rio Tinto. Estas estão sendo negociadas a 4,8 vezes e 3,9 vezes o Enterprise Value/Ebitda 2023, respectivamente.

“Nos níveis de preços atuais, a Vale está negociando em 3,3 vezes o EV/EBITDA para 2023, o que implica um desconto de 24% sobre sua média de 5 anos e de 34% sobre o múltiplo de seus pares ante um desconto histórico de 25%”, afirmam.

Vale pode virar a tendência de queda?

Os analistas destacam também que a Vale parece estar bem posicionada para as tendências de descarbonização, o que pode trazer vantagens competitivas.

“A participação de minério de ferro de alta qualidade em sua produção, bem como as iniciativas de P&D da empresa, têm potencial para ser uma vantagem competitiva, já que as siderúrgicas buscam redução de emissões em seu processo produtivo”, afirmam.

Em relação à divisão de metais básicos, o Safra acredita que, mesmo após alguns trimestres desafiadores, a Vale continua em boa posição em termos de portfólio e recursos minerais para capturar valor da eletrificação do transporte.

Por fim, o banco de investimentos elenca os seguintes riscos para a Vale:

Cotação

As ações da Vale subiram 3,66% nesta segunda-feira (5), cotadas a R$ 65,22. No ano, perde 16,38%.

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