Por meio de comunicado ao mercado publicado na noite desta segunda-feira (17), a Vale (VALE3) esclareceu notícias divulgadas na imprensa, que davam conta de uma suposta interferência política no processo sucessório da empresa.
A colunista Andreza Matais, do UOL, afirmou que o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, estaria atuando nos bastidores para emplacar o nome de Paulo Caffarelli, ex-presidente do Banco do Brasil (BBAS3), na presidência da Vale.
Já Lauro Jardim, colunista do O Globo, publicou que mesmo após o fracasso na tentativa de emplacar Guido Mantega como presidente da Vale, o governo não desistiu de novos movimentos.
Agora, segundo Jardim, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Previ, Luiz Fukunawa, estão trabalhando em uma nova operação para tentar indicar outro nome ao cargo.
Em comunicado, a Vale negou as notícias, afirmando que o processo de sucessão de seu presidente “é executado em conformidade com o Estatuto Social e as políticas corporativas da Companhia, bem como com o Regimento Interno do Conselho de Administração e a legislação aplicável”.
Justiça retira Vale (VALE3) da “lista suja” do trabalho escravo, em caráter liminar
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, da Minas Gerais, proferiu, em caráter liminar, a decisão de retirar imediatamente a Vale (VALE3) do Cadastro de Empregadores do Ministério do Trabalho e Emprego, conhecido como “lista suja” da mão de obra análoga à escravidão.
A medida proferida segue em vigor até que uma decisão judicial definitiva sobrevenha. A Vale, por sua vez, reiterou que adota medidas rigorosas para garantir cumprimento das leis trabalhistas e o respeito aos direitos humanos em todas as suas operações e cadeia produtiva.
No último dia 07, a Vale (VALE3) confirmou sua inclusão em um cadastro de empregadores responsabilizados por mão de obra análoga à escravidão, mas disse que a decisão é incorreta.
De acordo com reportagem publicada pelo jornalista Leonardo Sakamoto, a inclusão da Vale na lista suja se dá no âmbito de uma operação que flagrou 309 pessoas em condições análogas à escravidão na Mina do Pico, em Itabirito (MG).
Tal flagrante teria acontecido em fevereiro de 2015. Ainda segundo a matéria, a Vale (VALE3) questionou os autos de infração na Justiça do Trabalho, mas perdeu parte da ação que diz respeito à responsabilização por escravidão e, assim, foi inserida no cadastro.