A Vale (VALE3) prevê um crescimento de 71% da sua produção de aglomerados de alta qualidade de minério de ferro em 2026. Em apresentação feita na Global Metals & Mining Conference, a mineradora projetou a produção de 50 milhões a 55 milhões de toneladas ante aos 32 milhões registrados no ano passado. Para 2023, a projeção da companhia é de aproximadamente 100 milhões.
“A siderurgia está explorando alternativas para reduzir emissões, que irão demandar minério de ferro de alta qualidade”, destacou a Vale na apresentação, e completou afirmando que a meta de crescimento busca “capturar maiores prêmios”.
A projeção da Vale aponta que o prêmio médio deverá subir para entre US$ 8 a US$ 12 por tonelada, ante aos atuais US$ 7 a tonelada. Isso porque, segundo as projeções da companhia, a oferta global de minério de ferro deverá seguir “sob restrições por muito mais tempo”.
Ainda segundo a apresentação feita para o Global Metals & Mining Conference, a Vale estima que até 2030 serão necessários 400 milhões de toneladas de minério de ferro de reposição.
Com isso, a previsão da Vale é de alcançar um volume de produção em 2026 acima de 340 milhões de toneladas de minério de ferro e, para 2030, mais de 360 milhões de toneladas — alta de 10,3% e 16,8%, respectivamente, na comparação com os 308 milhões de toneladas obtidos em 2022.
Caso as projeções sejam concretizadas, haverá a contribuição potencial para o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Vale de US$ 4-10 bilhões até 2030 na comparação com o resultado registrado no ano passado.
Cotação da Vale
No intradia desta segunda-feira, as ações da Vale na B3 operam em queda de 0,03%, cotadas ao preço de R$ 85,01. No acumulado dos últimos 12 meses, os papéis da mineradora tiveram uma desvalorização de 7,02%.