Analistas do UBS preveem que a Vale (VALE3) deve aumentar seu patamar de pagamento de dividendos nos próximos meses – aumentando seu patamar de dividend yield (DY) de 6% para 8%.
Com isso, a casa espera que os dividendos da Vale se tornem ‘mais atrativos’ na esteira do otimismo com o cenário de commodities.
“O principal impulsionador da Vale é o preço do minério de ferro, já que agora esperamos que ele se mantenha na faixa de negociação atual (US$ 100-130 por tonelada) nos próximos seis meses. Em nossa opinião, isso permite que a Vale pague dividendos atraentes nos próximos 12 milhões (US$ 4,6 bilhões ou rendimento de cerca de 8%) e recomprará ações”, diz a casa.
Com isso, especialistas da casa aumentaram o preço-alvo de US$ 13 para US$ 14 para as ADRs da Vale, elevando a recomendação de venda para neutro – atualmente os papéis negociam a US$ 12,70 em Nova York.
“Aumentamos nosso preço de minério de ferro no curto prazo previsões de longo prazo para refletir o atual baixo nível de estoques, e de longo prazo para refletir o inflação de custos de materiais; O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) 2024E da Vale aumenta 7% e nosso preço-alvo sobe para US$ 14. Continuamos cautelosos em relação ao minério de ferro no médio prazo, embora acreditemos que o a relação risco-recompensa agora é equilibrada com o rendimento spot FCF da Vale em cerca de 14%”, analisa o UBS.
Segundo a casa, o que motivou a revisão para os preços de commodities é o fato de que a China vem tomando medidas para apoiar sua economia, além de que a fraqueza contínua no setor imobiliário é ‘largamente compensada’ pela força na infra-estrutura e outros setores.
Desempenho das ações da Vale
As ações VALE3 somam queda de 2,7% no acumulado dos últimos 30 dias, cotadas a R$ 65,82.
Já em uma janela maior, desde o início do ano, as ações da Vale recuam 26%.
Cotação VALE3