A Vale (VALE3) divulgou nesta quinta-feira (1) um relatório sobre a condição de estabilidade de suas barragens. De um total de 104 estruturas avaliadas, a mineradora informou que 33 não tiveram emissão de Declarações de Condição de Estabilidade (DCE) positiva. Ademais, a mineradora possui dez barragens em nível 2 ou 3 de emergência, que são as classificações mais graves.
Quatro desssas 10 barragens, estão no mais alto nível de emergência. São elas: B3/B4, Forquilha I, Forquilha III e Sul Superior. Das barragens que não tiveram DCE positiva, 32 são de operações de minerais ferrosos e uma de metais básicos.
A Vale assegurou que todas as barragens de rejeitos em nível 2 ou 3 de emergência estão situadas em seu plano de descaracterização de barragens. O nível 2 de classificação é atingido quando o resultado das ações adotadas para corrigir uma anomalia na barragem colocado como “não controlada” ou “não extinta”, fazendo com que o local seja inspecionado novamente com mais cautela (inspeções especiais) e intervenções. O nível 3 acontece quando uma barragem fica em situação de ruptura iminente.
A mineradora informou que foram contabilizadas 71 DCEs positivas, sendo que 61 foram emitidas para estruturas geotécnicas das operações de ferrosos e 10 para estruturas de metais básicos.
Medidas adotadas pela Vale para conter as estruturas em níveis alarmantes
A Vale destacou em seu documento enviado ao mercado que tem adotado diversas medidas para melhorar as condições de segurança de suas estruturas. Em relação as estruturas em níveis 2 ou 3 de emergência, a mineradora informou que vem mantendo os reservatórios rebaixados e minimizando o aporte de água, com a implantação de canais de cintura.
Nas estruturas em nível 1 e em nível 2 de emergência, a Vale afirmou que, além do monitoramento contínuo e do aprimoramento das informações sobre as condições das estruturas, a companhia tem tocado projetos e obras para melhorar a condição de segurança ou para descaracterizar as estruturas.
Com informações do Estadão Conteúdo