Vale (VALE3) inicia obras de descaracterização de barragem em Mariana (MG)

A Vale (VALE3) informou que as obras de descaracterização da barragem Campo Grande, localizada em Mariana (MG), começaram nesta quinta-feira (20). Ao todo, seis das 18 estruturas alteadas a montante da Vale no Brasil, que ainda passarão pelo processo, já tiveram as obras iniciadas.

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Desde 2019, das 30 que usavam esse método de construção, 40% já foram eliminadas, o que equivale a 12 estruturas — sendo nove em Minas Gerais e outras três no Pará.

Segundo a Vale, os trabalhos na barragem Campo Grande contemplam a implantação de reforço para a estrutura, além de adequações no sistema de drenagem para melhoria da condição de estabilidade no longo prazo.

A mineradora ressalta que o reservatório está em nível 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), e não recebe rejeitos desde 2015. A conclusão das obras na barragem Campo Grande, que acontecerão em área interna da empresa, sem moradores na Zona de Autossalvamento (ZAS), está prevista para 2026.

“A barragem Campo Grande é monitorada 24 horas por dia, sete dias por semana pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) da Vale, além de passar por inspeções rotineiras de equipes internas e externas”, afirma a mineradora em nota.

Obras no Dique 2

Em março, o Dique 2 do Sistema Pontal, localizado na Mina Cauê, em Itabira (MG), também teve as obras de descaracterização iniciadas. Para a estrutura, o processo está previsto para ser concluído ainda em 2023 e representará a 13ª barragem alteada a montante da Vale eliminada no Brasil desde 2019.

Segundo a empresa, a barragem Campo Grande e o Dique 2/Pontal estão incluídas no Programa de Descaracterização de Barragens a montante da mineradora.

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“A eliminação das estruturas deste tipo do Brasil é uma das principais ações da Vale para evitar que rompimentos como o de Brumadinho voltem a acontecer e faz parte de um processo de mudança na gestão de barragens da companhia”, explica.

A Vale observa, no entanto, que as obras são complexas, trazem riscos e, por isso, as soluções são customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa, tendo como prioridade a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente.

Investimentos feitos pela Vale

Desde 2019, foram investidos cerca de R$ 5,8 bilhões no Programa de Descaracterização. Somente em 2022, cinco estruturas foram completamente descaracterizadas.

A eliminação de estruturas construídas a montante é um compromisso da Vale, além de atender às legislações federal e estadual vigentes sobre segurança de barragens.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Janize Colaço

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