À sombra de risco político e digerindo expectativas mais pessimistas do mercado para a China, a Vale (VALE3) amarga uma valorização de 21% desde o início de 2024.
A mineradora, com isso, foi um dos principais driver para que o Ibovespa ficasse com saldo negativo em 2024 durante o primeiro trimestre – dada o peso das ações da Vale na carteira do índice.
Sozinhos, os papéis VALE3 representam 57% da queda do Ibovespa.
Do começo do ano para cá, o Ibovespa apresentou queda de 3,4% e fechou março a 128 mil pontos.
No caso da Vale, os principais catalisadores negativos envolveram questões de governança.
Em um processo sucessório do CEO, a companhia teve duras quedas no fim de janeiro com o nome de Guido Mantega sendo ventilado.
Mesmo após o nome do ex-ministro da Fazenda de gestões petistas cair por terra, ruídos sobre o processo assombraram a companhia, com um dos conselheiros independentes pedindo renúncias alegando “nefasta influência política”.
Além disso, a companhia lida com uma forte pressão negativa por conta da cotação do minério de ferro.
A commodity opera pouco acima de US$ 110 em Dalian, com o mercado ainda estando cético acerca da recuperação econômica chinesa.
Com o setor imobiliário e a siderurgia ainda aquém do esperado, o mercado se mantém cauteloso acerca da possibilidade de o dragão asiático se recuperar com os pacotes de estímulos do governo.
Desempenho das ações da Vale
As ações da Vale caíram 9,2% no acumulado dos últimos 30 dias, fechando o pregão de quinta (28) a R$ 60,83. No acumulado de 2024, os papéis recuam 21%.
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