Em relatório, o Itaú BBA prevê que para o terceiro trimestre de 2023, a Vale (VALE3) e CSN (CSNA3) provavelmente serão as únicas empresas no universo de cobertura do banco a reportar resultados sequencialmente mais fortes, beneficiando-se dos preços mais elevados do minério de ferro e da maior sazonalidade.
O Itaú BBA espera que o Ebitda da Vale melhore 10% em relação ao trimestre anterior devido a resultados mais fortes na divisão de ‘Ferrosos’, “já que maiores volumes e preços realizados mais do que compensaram custos ligeiramente mais elevados”.
Por outro lado, o banco estima uma queda sequencial de 34% no Ebitda da divisão de ‘Metais Básicos’, para US$ 314 milhões, “à medida que os preços mais baixos e os custos mais elevados do níquel mais do que compensaram os maiores volumes de cobre”.
O Itaú estima um Ebitda consolidado de US$ 4,6 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 14,4% frente ao mesmo período do ano anterior. Já a receita líquida da mineradora deve ser de US$ 10,8 bilhões, aumento de 9,1% em relação ao mesmo período de 2022.
O banco tem recomendação ‘outperform’ (equivalente a compra) para as ações da Vale, com preço-alvo a US$ 17.
CSN (CSNA3): Ebitda pode chegar a R$ 2,6 bilhões no 3T23, projeta Itaú BBA
No relatório, o Itaú BBA espera que a CSN reporte uma melhora sequencial em seus resultados do 3T23, com Ebitda recorrente de R$ 2,6 bilhões, aumento de 14% na base trimestral, porém queda de 5% na base anual.
Já a receita líquida da CSN deve ser de R$ 11,4 bilhões, aumento de 4,6% na base trimestral e de 5,5% em relação ao mesmo período de 2022.
“Este desempenho mais forte provavelmente será impulsionado por resultados sólidos na divisão de Mineração, ajudados por uma melhoria nos preços realizados do minério de ferro e volumes maiores”, diz o banco.
Por outro lado, o Itaú estima que o Ebitda da divisão de siderurgia deverá cair 52% em relação ao trimestre anterior, principalmente devido aos preços mais baixos. “Espera-se que os resultados dos demais negócios da CSN apresentem uma melhora sequencial, ajudados mais fortes na divisão de cimento”, completa.
O banco tem recomendação ‘underperform’ (equivalente a venda) para as ações da CSN, com preço-alvo a R$ 11.
Itaú BBA: Gerdau (GGBR4) deverá ter resultados fracos em todos os setores
No caso da Gerdau (GGBR4), o Ebitda deverá diminuir 17% em termos trimestrais e 41% em termos anuais, para R$ 3,15 bilhões, devido a resultados mais fracos em todos os setores, disse o Itaú BBA.
Já a receita líquida da Gerdau deve ser de R$ 16,2 bilhões, queda de 11% na base trimestral e de 23% em relação ao mesmo período de 2022.
Na visão do banco, “resultados na América do Norte provavelmente serão prejudicados por preços mais baixos, que mais do que compensaram a queda nos custos, resultando em uma margem Ebitda de 24% (vs. 26,1% no 2T23)”.
No Brasil, o Itaú BBA espera que as margens da Gerdau diminuam 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, para 13%, “já que um mix melhor é mais do que compensado pelos preços mais baixos do aço doméstico”.
“As margens na América do Sul provavelmente permanecerão sequencialmente estáveis, enquanto esperamos um declínio nas margens da divisão de Aços Especiais”, acrescenta a instituição.
O banco tem recomendação ‘outperform’ (equivalente a compra) para as ações da Gerdau, com preço-alvo a R$ 30.
Usiminas (USIM5): Ebitda e receita líquida devem cair no 3T23, diz Itaú BBA
O Itaú BBA projeta que a Usiminas reporte resultados sequencialmente mais fracos no 3T23, com Ebitda ajustado negativo de R$ 92 milhões (queda de R$ 458 milhões no trimestre).
“Este fraco conjunto de resultados deve-se principalmente ao Ebitda negativo da divisão Siderurgia, prejudicado pelos menores preços domésticos. É provável que os resultados da Mineração apresentem um declínio sequencial, uma vez que se espera que volumes mais baixos mais do que compensem uma ligeira melhora nos preços realizados do minério de ferro”, disse o banco.
Já a receita líquida da Usiminas deve ser de R$ 6,4 bilhões, queda de 6,7% na base trimestral e de 24% em relação ao mesmo período de 2022.
O banco tem recomendação ‘underperform’ (equivalente a venda) para as ações da Usiminas, com preço-alvo a R$ 7.
Vale (VALE3) é principal recomendação em carteira de dividendos do BTG
Em sua atualização na carteira recomendada de dividendos, analistas do BTG Pactual aumentaram sua exposição em ações da Vale e tornaram-na a companhia com maior peso no portfólio.
Agora, as ações da Vale tem 15% de peso na carteira, ante 10% no mês anterior.
Os especialistas da casa “antecipam uma melhora operacional durante o segundo semestre de 2023, juntamente com uma reaceleração da economia chinesa, provavelmente sustentando os preços do minério de ferro em níveis elevados.
“Agora estamos mais confiantes de que o pior momento operacional da empresa ficou para trás, e que a produção/vendas e o desempenho de custos devem continuar a melhorar – acreditamos que há muito pouco de recuperação da performance operacional precificado nas ações neste momento”, diz a casa.
“A Vale também continua sendo um de nossos nomes preferidos para exposição à reaceleração da economia chinesa, à medida que o governo se esforça para atingir sua meta de crescimento de ~5% para o ano (medidas de estímulo devem continuar a ser feitas). Os preços do minério de ferro continuam se mantendo sólidos (já voltaram para cerca de US$120/t), com perspectivas de demanda saudáveis da indústria siderúrgica chinesa”, completa.
Além das ações da mineradora VALE3, a Gerdau (GGBR4) é outra empresa do segmento que está na carteira de dividendos do BTG. Veja:
- Itaú (ITUB4): 5%
- Vibra (VBBR3): 10%
- Copel (CPLE6): 10%
- Vale (VALE3): 15%
- Eletrobras (ELET3): 10%
- BB Seguridade (BBSE3): 10%
- Gerdau (GGBR4): 5%
- Petrobras (PETR4): 10%
- CPFL (CPFE3): 10%
- JBS (JBSS3): 10%
- Cemig (CMIG4): 5%
“Gostamos da entrada de um acionista de referência (Cosan) no Conselho da Vale e a monetização da unidade de negócios de metais básicos como um catalisador de valor para investidores de longo prazo. A Vale é negociada a ~4x EV/EBITDA 23, e prevemos um yield de 11-13% para 2023/24, incluindo recompras de ações”, completa o BTG sobre a Vale.
Desempenho das ações da Vale
Cotação VALE3