A Vale (VALE3) informou nesta quinta-feira (7) que não houve decisão de seu conselho de administração quanto à renovação do mandato do presidente em exercício, Eduardo Bartolomeo, ou à realização de processo sucessório.
Em comunicado, a Vale informou que o conselho de administração “segue conduzindo de forma diligente as discussões pertinentes à definição do presidente da companhia e cumprindo com rigor o estatuto social e as políticas corporativas aplicáveis”.
“A Vale reitera seu compromisso de manter o mercado atualizado sobre desdobramentos materiais quanto à sua liderança”, completou a mineradora.
Na última quarta-feira (6), o jornal Valor Econômico informou que o nome de Walter Schalka, atual diretor-presidente da Suzano (SUZB3), foi sondado por headhunter para poder presidir a Vale.
O mandato do atual diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, termina em 26 em maio. Até lá, os conselheiros da mineradora têm de definir se reconduzem Bartolomeu para mais uma gestão ou optam por um processo competitivo, com a nomeação de três nomes para definição.
Segundo o Valor Econômico, outro nome para compor a lista de candidatos ao cargo de CEO da Vale poderia ser o de Luís Guimarães, da Cosan (CSAN3), e executivo de confiança de Rubens Ometto, também acionista da Vale – no entanto, de acordo com o jornal, o empresário estaria disposto a abrir mão de bancar o nome de seu braço direito para ele pudesse concorrer a partir de 2027.
Também na quarta-feira (6), a revista Veja informou que o executivo Sergio Rial, ex-CEO da Americanas (AMER3), passou a ser outro cotado como um dos membros da lista tríplice desenvolvida para suceder Bartolomeo.
No fim de fevereiro, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, informou que os conselheiros da Vale que apoiaram a recondução do atual CEO da mineradora em reunião extraordinária realizada há algumas semanas, se articulam agora em torno de Gustavo Pimenta, atual diretor-financeiro (CFO) da companhia.
De acordo com a publicação, a ideia do grupo é de que Bartolomeu fique mais um ano no comando da Vale, fazendo a transição, e Pimenta complemente o mandato.
Por outro lado, diz Jardim, a equipe de oposição deseja que o processo de escolha seja feito conforme a governança da Vale determina: a contratação de um headhunter para a indicação de uma lista tríplice, que poderia contar com o nome do atual diretor-financeiro.
Também no fim do mês passado, o mercado passou a lidar com um novo nome cotado para ser CEO da Vale: Paulo Caffarelli, ex-CEO da Cielo (CIEL3) e ex-diretor do Banco do Brasil (BBAS3) e da CSN (CSNA3) – o nome passou a ser ventilado como uma indicação do Governo Federal, que exerce sua influência no Conselho de Administração da mineradora por meio da Previ, fundo de previdência dos funcionários do BB.
Nesta quinta (7) o mesmo Valor informou que a sucessão da Vale pode estar se aproximando de um desfecho.
Na próxima sexta-feira (8), o colegiado da Vale terá uma nova reunião extraordinária. De acordo com o Valor, embora a sucessão não esteja na pauta, conselheiros apostam que a discussão vai ser assunto do dia e parte do colegiado acredita, inclusive, que poderá haver um acordo no encontro entre os membros do colegiado.