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Vale (VALE3): ex-conselheiro diz que processo de sucessão de CEO foi manipulado

Vale (VALE3)

Vale (VALE3). Foto: Divulgação/Vale

José Luciano Duarte Penido, que renunciou ao cargo de membro do conselho de administração da Vale (VALE3) na segunda-feira (11), afirmou em carta ao presidente do colegiado que o processo de sucessão do presidente-executivo da empresa foi conduzido de maneira manipulada, segundo publicação da agência Reuters nesta terça-feira (12).

De acordo com a carta, Penido afirmou que o processo de sucessão do CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, “teve evidente influência política”.

Ainda de acordo com a agência, na votação para a renovação do contrato de Eduardo Bartolomeo como CEO até o final do ano, ocorrida na última sexta-feira (8), apenas Penido e mais um conselheiro votaram contra.

Penido estava no conselho de administração da Vale desde 2019, e chegou a ser presidente do colegiado antes do mandato atual de Daniel Stieler (indicado pela Previ).

O agora ex-conselheiro da Vale também possui longa data de atuação em commodities, tendo sido CEO da Samarco (joint venture da Vale com a BHP) por 13 anos e presidente do conselho da Fibria, antes da fusão com a Suzano (SUZB3), por mais de uma década.

Sobre a renúncia da Penido, a Vale comunicou nesta terça (12) que “o conselho de administração seguirá o curso regular de seus trabalhos, em conformidade com o estatuto social e as políticas corporativas da Vale, em linha com as legislações aplicáveis”.

Na última sexta-feira (8), os conselheiros da mineradora deliberaram pela renovação do mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, até o fim do ano. Ele teve 11 votos a favor de sua permanência e dois contra. O mandato se encerraria em 26 de maio próximo. 

Além disso, foi acordado que ele apoiará a transição para a nova liderança no início de 2025 e atuará como advisor (espécie de orientador ou conselheiro) da Vale até 31 de dezembro de 2025.

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