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Vale (VALE3): apesar da revisão no guidance de produção, China ainda preocupa, dizem analistas

Vale (VALE3). Foto: Reprodução Facebook

Vale (VALE3). Foto: Reprodução Facebook

Nesta quarta-feira (11), a Vale (VALE3) revisou para cima as suas projeções de produção de minério de ferro para 2024. Contudo, apesar da boa notícia, os analistas ainda seguem reticentes em relação à China.

Em relatório, o BTG Pactual afirma que continua preocupado com o ambiente econômico na China, em especial com a queda na demanda por aço, em linha com a contínua desalavancagem imobiliária.

“Temos dificuldade em ver um grande potencial de alta para as ações da Vale com o minério de ferro a US$ 90. Portanto, reiteramos recomendação neutra”, diz o BTG, que tem preço-alvo de US$ 12 para as ADRs da Vale negociadas em Nova York.

Por outro lado, a casa espera um aumento de 3% no Ebitda anualizado da Vale após a nova projeção de produção de minério e a redução da orientação de custo para as operações e cobre.

Em resumo, o BTG vê alguns desenvolvimentos positivos na Vale, como as negociações da Samarco que devem ser concluídas em outubro e a nomeação do novo CEO, que os analistas classificam como “reconfortante”, uma vez que ressalta a força da governança da empresa. Mesmo assim, ainda seguem cautelosos sobretudo por conta do cenário chinês.

O Goldman Sachs, por sua vez, se mostra um pouco mais otimista. Após visita à empresa, a casa afirma que a gerência tem elementos e evidências suficientes para apoiar a melhoria operacional e mudar a percepção negativa do mercado sobre as entregas da Vale.

Os analistas veem um bom caminho para que a companhia desbloqueie valor, com melhorias nos custos e na produção e o acordo final com Samarco. Tais questões, diz a casa, ajudariam a fechar parte do desconto que a VALE3 tem frente aos seus pares australianos.

O Goldman Sachs tem recomendação de compra para os papéis da Vale, com preço-alvo de US$ 15,90 para os ADRs negociados em Nova York.

Entre os principais riscos para a tese, a casa cita uma potencial desaceleração macroeconômica da China, além de uma melhoria mais lenta do que o esperado na dinâmica de oferta e demanda de metais básicos e ações judiciais relacionadas à Samarco, que podem aumentar as provisões da Vale.

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