Na noite desta segunda-feira (26), a Vale (VALE3) anunciou Gustavo Pimenta como sucessor de Eduardo Bartolomeo no cargo de CEO da empresa. Após a notícia, algumas casas de análise emitiram relatórios avaliando a escolha de forma positiva.
A primeira impressão do Goldman Sachs é a de que a escolha de um novo CEO da Vale ajuda a reduzir incertezas. Além disso, a casa espera uma reação positiva do mercado ao anúncio.
Os analistas destacam que a escolha de um nome interno para ser presidente da Vale é algo que alinha a maioria das partes interessadas (investidores, conselho e governo) e traz continuidade à estratégia da empresa.
O desafio atual, diz a casa, será a melhoria operacional contínua em diferentes frentes, enquanto os investidores devem focar na capacidade de Gustavo Pimenta em dialogar com o governo brasileiro, que é uma parte importante nas discussões sobre o acordo final da Samarco, o ambiente regulatório e a renovação da concessão ferroviária.
Em relatório, o Itaú BBA vai na mesma linha, afirmando que uma escolha interna reduz a probabilidade de mudanças significativas na estratégia da empresa e acelera as negociações em andamento com o governo.
Os analistas afirmam que as duas tarefas principais de Pimenta no curto prazo serão o acordo para Mariana e a assinatura do acordo para renovar as concessões ferroviárias da empresa.
Segundo a casa, a resolução desses dois tópicos principais pode resultar em uma diminuição do desconto de avaliação da Vale frente aos seus pares australianos.
O BBA também destaca a questão do sistema norte da Vale, que segundo a empresa, vem sendo operado em níveis abaixo do ideal. A companhia vem trabalhando para resolver esse problema, dizem os analistas, mas isso também depende da obtenção de licenças para abrir novas frentes de mineração.
“Na nossa opinião, esse é o desafio operacional mais crítico para a Vale nos próximos anos. Um sucesso nesse desafio pode desbloquear um valor significativo para a empresa e seus acionistas”, completa o BBA.
