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Vale (VALE3): Próximo CEO terá ‘laços estreitos com Governo’, diz Silveira

Ministro Alexandre Silveira, das Minas e Energia, fala sobre a Petrobras (PETR4). Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Ministro Alexandre Silveira, das Minas e Energia, fala sobre a Petrobras (PETR4). Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O governo brasileiro, sob a administração do presidente da República, Lula (PT), quer que o próximo CEO da Vale (VALE3) mantenha laços estreitos com autoridades do poder Executivo e reguladores, apesar das turbulências no processo de sucessão que marcaram o início deste ano. As informações são da Bloomberg.

O próximo CEO da Vale assumirá o cargo em janeiro de 2025 e deve passar pelo crivo do Conselho de Administração da mineradora ainda neste ano.

Segundo o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista à Bloomberg, o próximo CEO deverá fortalecer os vínculos com estados, municípios, reguladores e a sociedade brasileira.

Essa proximidade será uma prioridade, afirmou o ministro, e o governo irá cobrar isso com firmeza.

O conselho da Vale pretende anunciar o novo CEO até 3 de dezembro, durante o Investor Day da empresa.

Atual CEO da Vale foi reconduzido

Em março, a Vale decidiu reconduzir Eduardo Bartolomeo ao cargo de presidente enquanto buscava por um sucessor, após especulações sobre a escolha do próximo líder da mineradora e a pressão crescente do governo brasileiro para intervir no processo.

Embora Bartolomeo tenha sido reconhecido pelo mercado por sua liderança em segurança, incluindo um plano para descomissionar barragens de rejeitos de alto risco, investidores expressaram preocupações com o desempenho operacional e as relações institucionais da Vale com estados e o governo federal.

Um dos conselheiros da companhia, José Luciano Duarte Penido, chegou a renunciar à época alegando “nefasta influência política”.

Silveira criticou o atraso no processo de sucessão da Vale, destacando a importância de uma transição rápida para resolver questões pendentes com o Brasil.

Além disso, ele antecipou que o governo brasileiro rejeitaria uma nova proposta da Vale, BHP e Samarco para um acordo final sobre a tragédia de Mariana em 2015.

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