Em novo relatório, analistas do BB-BI incluíram a Vale (VALE3) em sua carteira recomendada de dividendos, com projeção de 8,8% de dividend yield (DY) para a companhia.
Além das ações da Vale, o BB-BI também acrescentou Copasa (CSMG3), CSN (CSNA3), CTEEP (TRPL4).
Contudo, saíram Allos (ALOS3), Bradespar (BRAP4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Porto Seguro (PSSA3).
“Em nossa metodologia, a periodicidade de alterações na carteira é trimestral, nos fechamentos dos meses de novembro, fevereiro, maio e agosto com apuração e divulgação mensal de performance bem como a perspectiva de proventos anualizada”, justifica a casa.
A rentabilidade da carteira de dividendos da casa é de 154% desde janeiro de 2020, ao passo que o índice de dividendos (IDIV) avançou 129% na mesma janela.
Veja abaixo a composição completa da carteira de dividendos do BB:
Ações da Vale caem após prévia, mas analistas mantêm otimismo
As ações da Vale caíram no pregão de terça-feira (30), após a companhia reportar sua prévia operacional na véspera. Os papéis fecharam em queda de 0,43%, a R$ 68,87.
Após a divulgação do relatório de produção e vendas da Vale, uma parte do sell-side destacou uma percepção mista dos números, mas manteve otimismo.
O Goldman Sachs seguiu com recomendação de compra para as ADRs da Vale, com preço-alvo de US$ 18,50 para as ADRs.
“Produção reportada de minério de ferro da Vale ficou 7% acima das nossas estimativas e 8% acima do consenso Bloomberg. Embora a Vale tenha atualizado o Guidance de produção para 2023 no início de dezembro, a produção de ferrosos foi uma surpresa positiva e tivemos o prazer de ver volumes da antiga região de Carajás aumentando 8,5% na base anual”, diz a casa.
Analistas do BTG Pactual, da mesma forma, recomendaram compra dos ativos, com preço-alvo de US$ 19 para as ADRs.
A visão da casa foi que a prévia operacional da Vale veio “amplamente em linha com as expectativas”.
“Pelo lado positivo, a produção de minério de ferro atingiu 88,2Mt, acompanhado por realizações robustas em multas e preços de pelotas, juntamente com embarques substanciais de cobre (15% acima das projeções)”, diz a casa sobre VALE3.
“A principal preocupação dos investidores, a produção de minério de ferro de Carajás, teve uma melhoria de 8% ano a ano, que acreditamos deve ser bem recebido. No geral, estamos razoavelmente confiantes em nossa Previsão de EBITDA para o 4T de US$ 6,5 bilhões, que acreditamos ainda não estar precificada pelo mercado, potencialmente devido ao ruído recente”, completa.
Toro destaca condições de mercado favoráveis para Vale
Analistas da Toro investimentos, em seu parecer, destacaram que em relação ao preço, as condições de mercado foram favoráveis, apesar dos menores prêmios para produtos de alto teor.
“As vendas de finos, apesar de menores, vieram dentro das expectativas e superando o guidance de 2023. No 3T23 as vendas já tinham sido mais fortes em razão dos preços”, destacam os especialistas.
“Já em relação ao cobre, o destaque fica para o crescimento de 36,2% a/a das vendas, com Salobo e Sossego aumentando sua produção em 25,6 kt a/a e 6,1 kt a/a, respectivamente. Jápara o níquel, a produção caiu 5,3% a/a em função, principalmente, da reforma do forno em Onça Puma, com previsão de conclusão no 1T24”, completam.
BB-BI vê recuperação de volumes em minerais ferrosos e cobre
Em relatório, os analistas do BB-BI sinalizaram que assim como no trimestre anterior, o destaque foi para o forte avanço na produção de cobre, que atingiu 99,1 kt, aumento de 49,5% na base anual, resultado combinado do aumento de produtividade e do ramp-upde Salobo 3.
“O aumento da produção ocorreu em todas as operações, e impulsionou as vendas do metal, cujo volume foi de 97,5 kt (+36% a/a). No ano, a produção somou 326,6 kt (em linha com o guidance de 325 kt)”, diz a casa.
Atualmente, os analistas tem recomendação de compra para os papéis da Vale, com preço-alvo de R$ 94.