A subsidiária integral da Vale (VALE3), a Vale Overseas Limited, realizou uma captação adicional de US$ 750 milhões (cerca de R$ 4,316 bilhões) em valor principal agregado de 6.400% Guaranteed Notes com vencimento em 2054.
Os títulos têm vencimento em 28 de junho de 2054 e foram emitidos com um spread de 173 pontos-base em relação aos títulos do tesouro dos Estados Unidos. Assim, até o vencimento, o rendimento é de 6,408%.
Os bonds foram emitidos como uma oferta adicional e serão consolidados em uma única série, tornando-se totalmente fungíveis com a emissão realizada pela Vale Overseas em 28 de junho de 2024, no valor principal agregado de US$ 1 bilhão.
Com a nova oferta, o montante total dos títulos, incluindo os originais, será de US$ 1,75 bilhão.
Indicação ao conselho
Além disso, o conselho de administração da VALE3 aprovou a lista de candidatos recomendados pelo Comitê de Indicação e Governança para compor o órgão no mandato 2025-2027.
Os nomes ainda serão submetidos à eleição durante a Assembleia Geral Ordinária, prevista para 30 de abril de 2025, cuja convocação está programada para 17 de março de 2025.
Confira a seguir a lista de indicados:
- Daniel André Stieler
- Fernando Jorge Buso Gomes
- João Luiz Fukunaga
- Shunji Komai
- Heloísa Belotti Bedicks
- Marcelo Gasparino da Silva
- Manuel Lino Silva de Sousa Oliveira (Ollie)
- Rachel de Oliveira Maia
- Reinaldo Duarte Castanheira Filho
- Anelise Quintão Lara
- Franklin Lee Feder
- Wilfred Theodoor Bruijn (Bill)
Tarifas de Trump terão impactos secundários na Vale (VALE3)
O presidente da Vale (VALE3), Gustavo Pimenta, disse que o aumento de tarifas do governo Donald Trump, nos Estados Unidos, não tem efeitos imediatos na Vale, mas traz impactos secundários ligados ao arrefecimento da atividade econômica mundial.
“Já tivemos essa experiência (com o governo Trump) no passado, e precisamos ver onde isso vai terminar, quais os níveis de aumento das tarifas. Não vendemos minério para os Estados Unidos, que é autossuficiente nisso. Mas entendemos que tem efeitos secundários, de arrefecimento e demanda mundial, e que podem gerar impacto. Não vemos impacto relevante agora, mas seguimos monitorando”, disse.
Gustavo Pimenta afirmou ainda que os preços atuais do minério de ferro respondem a um mercado de equilíbrio e, se as cotações caírem abaixo de US$ 90, cerca de 150 milhões de toneladas deixarão de ser oferecidas globalmente e o preço se corrigirá.
“A gente vê que os preços atuais respondem a um mercado em equilíbrio, e acho difícil imaginar grandes variações estruturais neste momento. A gente acha que US$ 90, hoje, é o preço de equilíbrio de longo prazo“, comentou o CEO da Vale. “Abaixo de US$ 90, (a produção de) aproximadamente 150 milhões de toneladas de minério ficam ineconômicos.”
Com Estadão Conteúdo