BTG diz que fundamentos do minério de ferro permanecem fracos; Vale (VALE3) cai
Em novo relatório sobre o minério de ferro, os analistas do BTG Pactual afirmam que os fundamentos para o minério de ferro permanecem fracos, sem sinais de reversão de tendências. Nessa esteira, as ações da Vale (VALE3) operam em queda no Ibovespa.
Segundo os analistas da casa, a produção de aço está notavelmente deprimida, tendo apresentado queda de 10% em agosto na base anual, ao passo que o consumo aparente de aço cai 4% neste ano.
O mercado imobiliário, diz o BTG, continua a ser um obstáculo para a demanda. A Vale revisou para cima suas metas de produção para 2024 pela primeira vez em anos, destaca a casa, mas enquanto isso, as siderúrgicas da China operam com grandes perdas e os estoques de minério de ferro nos portos chineses estão altos.
“Nossa previsão de minério de ferro para 2025-2026 é de US$ 95 por tonelada e US$ 85 por tonelada respectivamente, mas vemos riscos de queda. A questão principal agora está nos cortes de capacidade em um mercado com excesso de oferta”, pontua o BTG.
Diante disso, as ações da Vale (VALE3), dizem os analistas, estão sendo negociadas a 4,3x o Ebitda para 2025, com rendimento de dividendos entre 6% e 7% e “riscos de queda consideráveis para o consenso”.
A casa destaca que não tem nenhuma recomendação de compra para as ações ligadas ao minério neste momento.
Vale destacar que, nesta semana, o Goldman Sachs já havia feito um alerta sobre a cotação do minério de ferro, cortando a sua projeção de preço para a commodity. A casa agora projeta US$ 85 por tonelada no quarto trimestre deste ano, ante US$ 100 por tonelada na última estimativa.
Com esse cenário, os papéis da Vale vêm passando por uma turbulência no Ibovespa. Por volta das 11h desta quarta-feira (18), as ações caíam 1,13% a R$ 57,56.