A Vale (VALE3) se tornou um “porto seguro” para o BTG Pactual (BPAC11). A mineradora teve a sua recomendação de compra reiterada com preço-alvo elevado para R$ 95 — uma valorização de 15% em relação ao fechamento do pregão desta quinta-feira (15).
Os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, que assinam o documento, destacam entre os fatores que impulsionam as ações da Vale questões domésticas e globais — como a reabertura econômica da China —, junto ao o bom desempenho operacional e múltiplos atraentes.
Segundo eles, a Vale negocia hoje a um múltiplo preço/lucro de 6 vezes para 2023. Se o preço médio do minério de ferro chegar a US$ 110 por tonelada no próximo ano — o que os analistas consideram provável —, a mineradora seria negociada a 5,7 vezes o múltiplo preço/lucro.
Embora a recente redução do guidance de volume da Vale seja um tanto decepcionante, acreditamos que o risco de resultado (lucro) está inclinado para cima, especialmente com os preços do minério de ferro já perto de US$ 110/t.
Cosan (CSAN3) aumenta participação na Vale
Há cerca de um mês, a Cosan (CSAN3) foi autorizada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a aumentar sua participação na Vale. Segundo o relatório, ainda que não se saiba o quanto a entrada da empresa no conselho da minerada irá contribuir, o BTG não acredita que poderá haver impactos positivos.
“Acreditamos que haverá uma agenda construtiva, que poderá impactar várias das questões-chave da empresa (licenciamento, desempenho de volumes, metais básicos, alocação de capital, agenda de transição energética).
Os analistas ainda destacam que, embora seja fácil presumir que a Vale não irá mais crescer, eles veem potencial para a mineradora atingir embarques de minério de ferro de longo prazo de 350Mt, que não estão precificados.
Cotação nesta quinta-feira
Nesta quinta-feira (15), as ações da Vale fecharam em alta de 0,32%, a R$ 87,17. Já no acumulado deste ano, a valorização da VALE3 está em 18,32%.