O Itaú BBA emitiu um novo relatório reforçando sua visão positiva para a Vale (VALE3), sobretudo após a “remoção de alguns obstáculos significativos”.
O BBA reitera recomendação outperfom (compra) para as ações da Vale (VALE3), com preço-avo de US$ 13 para os ADRs negociados em Nova York.
“Acreditamos que a empresa apresenta uma performance operacional em melhoria, com a remoção de alguns obstáculos significativos e um valuation atraente”, escreve a casa em relatório.
Confira a seguir os principais pontos destacados pelo BBA sobre a Vale:
Impacto dos Preços do Minério: A casa incorpora uma curva de preço do minério de ferro menor, com expectativa de média de USD 95/ton em 2025 (frente a USD 110/ton em 2024), devido ao aumento da capacidade com a entrada de Capanema e a ampliação de Vargem Grande e Onslow. A projeção para a produção de aço na China em 2025 também deve cair 3%, segundo a World Steel Association.
Controle de Custos: A queda nos preços do minério deve ser parcialmente compensada por menores custos, diz o BBA. O custo C1 em setembro foi de USD 18,2/ton, uma melhoria comparada aos USD 22,9/ton registrados nos primeiros nove meses de 2024. Para 2025, esperamos uma maior diluição de custos fixos e incorporamos uma redução nas estimativas de custos.
EBITDA e FCF: Os analistas projetam um EBITDA total de USD 15,7 bilhões para 2025, uma queda de 13% frente à estimativa anterior, principalmente devido à redução dos preços do minério e uma visão mais cautelosa para a divisão de metais básicos. Excluindo os desembolsos relacionados a Mariana e Brumadinho, o BBA estims um yield de FCF entre 8-10% para 2025-2026, o que poderá refletir em dividend yields semelhantes.
Assim, diz o Itaú BBA em relatório, combinando o preço-alvo e o potencial de dividendos, a ação VALE3 apresenta uma atratividade elevada no setor de metais e mineração na América Latina.
Por volta das 11h desta sexta-feira (01), a Vale operava em alta de 0,50% no Ibovespa, cotada a R$ 62,37.