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Vale (VALE3): acordo por Mariana impacta endividamento?

Fundação da Vale (VALE3), Samarco e BHP promete mais R$ 2 bi por Mariana

Desastre ambiental da Vale/Samarco em Mariana (MG).

Na última sexta-feira (25), Vale (VALE3), BHP e Samarco chegaram a um acordo final com as autoridades públicas brasileiras para uma reparação sobre o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em 2015.

Após a assinatura, a XP Investimentos emitiu um relatório detalhando os números, bem como os possíveis reflexos na dívida da Vale.

O acordo de reparação da Samarco totaliza aproximadamente R$ 170 bilhões. Esse valor está dividido em três componentes principais:

Cálculo da Provisão de Vale

A XP destaca que a provisão registrada pela Vale reflete o valor presente líquido (VPL) dos fluxos de caixa esperados para os pagamentos relacionados ao acordo. Segundo as projeções da Vale, a Samarco deverá contribuir totalmente para o acordo a partir de 2031, limitando a participação da mineradora aos pagamentos até 2030.

No total, diz a XP, a metade da Vale no valor presente do acordo é estimada em cerca de US$ 7,9 bilhões, mas sua provisão registrada é de US$ 4,7 bilhões (aproximadamente 60% do valor), com a Samarco contribuindo com os 40% restantes (US$ 3,3 bilhões).

Impactos no Endividamento e Fluxo de Caixa

Os analistas afirmam que embora os pagamentos previstos no acordo reduzam a geração de fluxo de caixa livre (FCF) da Vale no curto prazo, a empresa não espera impactos significativos no endividamento líquido ajustado, uma vez que o montante provisionado já considera as obrigações da Samarco. Dessa forma, os efeitos financeiros deverão ser semelhantes tanto no caixa quanto nas provisões.

A XP tem recomendação de compra para as ações da Vale (VALE3), com preço-alvo de R$ 82, potencial de alta de cerca de 33%.

Por volta das 10h45 desta segunda-feira (28), a Vale apresentava alta de 0,89% no Ibovespa, cotada a R$ 62,28.

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