Vale (VALE3) fecha acordo para desenvolver caminhões movidos a mistura de diesel e etanol

A Vale (VALE3) assinou um acordo com a indústria japonesa Komatsu a fim de desenvolver e testar, em parceria com a estadunidense Cummins, caminhões fora de estrada movidos com uma mistura de etanol e diesel.

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Esses desenvolvimentos devem ocorrer ao longo dos próximos dois anos, e fazem parte das iniciativas da empresa brasileira para cumprir metas de redução de emissões nos próximos anos.

Com isso, a Vale deve se tornar a primeira mineradora do mundo a operar com caminhões fora de estrada movidos a etanol no tanque, de acordo com os executivos das companhias.

Após os testes, a expectativa é a de que seja possível promover gradualmente a conversão dos veículos que hoje são movidos apenas a diesel.

O Programa Dual Fuel, como foi batizado, prevê o desenvolvimento, testes e implantação dos motores movidos a etanol e diesel, fabricados pela Cummings. Somente após esse período de dois anos é que os novos motores poderão passar a ser operados nas minas.

De acordo com dados da Vale, a companhia consome cerca de um bilhão de litros de diesel por ano, sendo metade desse volume em mina e a outra metade em ferrovia.

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Os caminhões adaptados vão utilizar até 70% de etanol na mistura. Assim, a perspectiva é de uma redução nas emissões diretas de CO2 de até 70% em relação aos veículos movidos somente a diesel.

De acordo com o programa, os caminhões devem receber dois tanques: um para etanol e outro para diesel. A mistura dos combustíveis se dará dentro do próprio caminhão.

Hoje, as emissões de diesel das operações de mina da Vale respondem por 15% das emissões diretas de CO2 da Vale. Atualmente, a companhia tem um total de cerca de 450 caminhões fora de estrada em operação no Brasil, com capacidade entre 75 e 400 toneladas.

A Vale não informou o investimento previsto com o projeto, mas ele já está dentro do orçamento previsto para empresa a fim de reduzir suas emissões diretas e indiretas em 33% até 2030. Até 2050, o objetivo é zerar as emissões líquidas de carbono.

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Guilherme Serrano

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