Vale (VALE3): ações caem nesta terça-feira no Ibovespa; saiba por quê
As ações de Vale (VALE3) caíram nesta terça-feira (26) no Ibovespa, com o mercado digerindo a queda de 3,72% do minério de ferro em Dalian, na China.
No fechamento, as ações ordinárias da Vale recuaram 1,27%, cotadas a R$ 60,05.
Em 2024, os papéis da Vale acumulam queda de 19% e, no mês, a baixa chega a 6,65%.
Cotação VALE3
“Na noite de ontem, o minério na China teve queda, em função das expectativas de estoques ainda mais elevados no país. É o que tem feito o preço cair nas últimas semanas”, explica João Abdouni, analista da Levante Corp.
Além de avaliar as divulgações internas nesta manhã, a queda do minério de ferro em Dalian, na China, cotado a US$ 112,93 por tonelada, pesa no Índice Bovespa. Ontem, o Ibovespa fechou em baixa de 0,08%, aos 126.931,47 pontos. No fechou, o Ibovespa fechou em leve queda de 0,05%, aos 126.863,02 pontos.
Ainda sobre a companhia, na segunda-feira (25), a Vale informou que a sua subsidiária Vale USA foi selecionada para iniciar as negociações de concessão de financiamento de até US$ 282,9 milhões para desenvolver uma planta de briquetes no país.
“O projeto da Vale prevê o desenvolvimento de uma inovadora unidade industrial de briquetes de minério de ferro nos EUA, a primeira no mundo a aplicar o processo patenteado de aglomeração a frio de briquetes para a rota de redução direta”, informa a mineradora em comunicado.
A Vale lembra que a primeira planta de briquetes do mundo foi inaugurada pela companhia em 2023, em Vitória (ES). “O briquete é produzido a partir da aglomeração em baixa temperatura de minério de ferro de alta qualidade, utilizando uma solução tecnológica de aglomerantes que conferem ao produto final alta resistência mecânica”, detalha.
Vale (VALE3) enfrenta ação bilionária na Holanda referente ao rompimento da barragem de Mariana (MG)
A Vale Holdings, subsidiária integral da Vale sediada em Amsterdam, na Holanda, recebeu ordens judiciais determinando, em caráter antecipatório e preliminar, o bloqueio das ações detidas pela mineradora na referida subsidiária e direitos econômicos a ela atrelados, em garantia do valor aproximado de 920 milhões de euros.
Segundo a Vale, as medidas foram concedidas em antecipação a uma ação judicial de responsabilidade a ser proposta por determinadas pessoas, físicas e jurídicas, que alegam terem sido afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Samarco, em 05 de novembro de 2015, em Mariana (MG).
“O fato de os bloqueios terem sido concedidos não representa uma avaliação quanto ao mérito, seja processual ou material, dos pedidos a serem formulados nessa futura demanda judicial. A Vale avaliará oportunamente os termos dessa ação e apresentará a sua defesa, inclusive quanto à jurisdição dos Tribunais Holandeses para tratar dessas questões”, pontuou a mineradora.
Além disso, disse a Vale, “a futura demanda judicial aparenta pretender replicar questões já tratadas e cobertas no Brasil, seja por processos judiciais, seja pelo trabalho extrajudicial de reparação em curso pela Fundação Renova, entidade criada para a reparação de todos os danos causados pelo rompimento, conforme acordos celebrados com a União Federal, os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e as instituições de justiça brasileiras”.
A Vale acrescenta ainda que até 29 de fevereiro de 2024, foram destinados R$ 36,5 bilhões às ações de reparação e compensação a cargo da Fundação. Desse valor, R$ 14,1 bilhões foram para o pagamento de indenizações e R$ 2,7 bilhões em auxílios financeiros emergenciais, totalizando R$ 16,8 bilhões para cerca de 450 mil pessoas.