Após o evento anual a investidores da Vale (VALE3), com novas projeções para produtividade nos próximos anos, analistas da XP reiteraram seu otimismo com os papéis.
Segundo a casa, o foco da Vale ainda é manter a prioridade no valor em detrimento do volume.
“A empresa reconheceu que subestimou os desafios de recuperar a produção perdida após Brumadinho. A Vale agora visa 360Mt como orientação no longo prazo, mas com um teor de ferro mais alto”, diz a XP.
Além disso, considerando a inflação geral de custos, a empresa vê US$ 70 por tonelada de minério de ferro como uma hipótese inviável de preços de longo prazo para a commodity.
Atualmente a mineradora usa a faixa de preço minério de Ferro 62% de US$ 90 a 119 por tonelada para avaliar o fluxo de caixa de 2026.
“Como a Vale destacou, a siderurgia está mudando e evoluindo, e com a precificação do carbono e o jogo do xadrez geopolítico, a produção de aço deve ser cada vez mais produzida perto de onde há energia barata, com matéria-prima de alta qualidade. Vemos a Vale como o melhor player do setor para capturar essa tendência de longo prazo e por isso mantemos nossa recomendação de Compra”, conclui a XP.
O prçeo-alvo dos analistas para as ações da Vale é de R$ 97.
No momento, os papéis VALE3 são negociados na casa dos R$ 84.
Veja a projeção de produção da Vale
Em sua revisão de produção a Vale estimou produzir entre 310 milhões a 320 milhões de toneladas de minério de ferro no ano de 2023, em linha com os níveis atuais, de 310 milhões.
A produção de cobre estimada é de 260 mil toneladas (kt) neste ano.
Já a produção de níquel da Vale pode terminar em 2022 em aproximadamente 180 kt.
A estimativa de produção de cobre da Vale é entre 390 mil e 420 mil toneladas para o período entre 2024 e 2026, enquanto a produção de níquel deve ficar no intervalo entre 230 mil e 245 mil toneladas entre nesse mesmo intervalo.
A Vale também prevê investimentos de US$ 6 bilhões no ano de 2023, contra US$ 5,5 bilhões vistos no acumulado de 2022.