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Vale (VALE3): ‘No preço de hoje, sou comprador e espero bons dividendos’, diz Tiago Reis

Tiago Reis, Chairman e Fundador da Suno, comenta sobre futuro da Taesa

Tiago Reis, Chairman e Fundador da Suno, comenta sobre futuro da Taesa

Sobre as ações da Vale (VALE3), o fundador e chairman da Suno, Tiago Reis, comenta que nos patamares de preço atuais ‘é comprador’.

O especialista destaca que leva em consideração a média do preço do minério de ferro para os últimos 10 anos, apontando que, olhando para isso, as ações da Vale estão atrativas.

“Eu tenho um jeito de fazer valuation de empresa de comodities que é simples, pego o preço médio dos últimos 10 anos e calculo a lucratividade. Hoje a média de preço para o minério é US$ 110 e, esse cenário pode se repetir, já que o passado recente foi marcado por momentos de grande otimismo e grande pessimismo”, explica.

“Olhando para isso, vemos que a ação tem condição de pagar de 15% a 20% em dividendos por ano. Talvez ela faça isso na forma de recompras, em partes, mas ela tem condição de retornar caixa para o acionista de forma bastante generosa e, nesse preço, eu sou comprador”, completa.

Atualmente, conforme dados do Status Invest, os dividendos da Vale representam um yield de cerca de 12%, com R$ 7,16 pagos por ação ordinária no acumulado dos últimos 12 meses.

Além disso, Tiago Reis aponta que a gestão tomou boas decisões em termos de alocação de capital em um passado recente, deixando de lado ativos e unidades de negócio que eram pouco ou não lucrativas e rentáveis.

Nesse sentido, a expectativa é de uma manutenção dessas diretrizes – o que deve ser positivo para a empresa e seus acionistas.

“Eu não vejo a Vale sendo uma empresa diferente do que ela foi nos últimos dois anos. Vejo uma empresa que gera caixa, que paga dividendos, faz recompras. Ela tem uma oscilação que acompanha o minério de ferro, obviamente”

“A empresa é menos lucrativa com o minério em baixa e gera mais caixa e paga mais dividendos com minério em alta, mas acredito que a Vale tem tudo para ser uma empresa de grandes dividendos, porém com uma certa oscilação dos proventos dependendo da oscilação do preço do minério de ferro”

Otimismo com novo CEO da Vale

Justamente nesse sentido, a recente troca de CEO da empresa – com Gustavo Pimenta sendo nomeado – foi bem vista pelo especialista.

“Pimenta toca a área financeira da Vale, que foi central para o sucesso da empresa nos últimos 5 ou 10 anos. Isso também tira o ruído da frente, sobre a troca de CEO; encerra essa questão. E vale lembrar que a empresa é a porta de entrada para muitos investidores, esse tipo de sinalização é positiva para todos os ativos brasileiros”, analisa.

Segundo Reis, a companhia poupou cerca de US$ 2 bilhões ao paralisar investimentos e unidades de negócios que não eram rentáveis e/ou lucrativas – decisão que veio dentro da gestão atual, que deve ter suas diretrizes continuadas.

“Várias decisões financeiras foram tomadas e foram decisões que criaram muito valor para acionistas, entre mina de carvão na África, fertilizantes; negócios que drenavam bilhões. Foi uma decisão impopular mas necessária”, comenta.

“A empresa também fortaleceu muito seu balanço, ela tem um endividamento tranquilo. E também a empresa começou a distribuiu muitos dividendos e, junto com isso, fizeram programas de recompra de ações relevantes, recomprando 20% dos papéis””, completa, sobre Vale.

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