As ações da Vale (VALE3) operam em baixa nesta sexta-feira (24), com os papéis da mineradora recuando 1,28%, cotados a R$ 78,55, por volta das 14h. Em contrapartida, o Ibovespa ganha 0,97% aos 98.874 pontos, após ter a segunda maior queda do ano na véspera.
Junto a isso, neste mês de março, os ativos da Vale têm desvalorização de 9,92%. No acumulado dos últimos 12 meses, houve queda de 11,28%, de acordo com os dados do Status Invest.
Com a queda da Vale no Ibovespa, as empresas dos setores de mineração e siderurgia estão com operações mistas no índice hoje. Confira abaixo:
- CSN Mineração (CMIN3): +0,89%
- CSN (CSNA3): -0,58%
- Usiminas (USIM5): -0,15%
- Gerdau (GGBR4): +1,36%
Ainda que o dia seja de queda da VALE3 no Ibovespa, o preço do minério de ferro teve uma ligeira alta no mercado internacional. Nesta sexta, a commodity negociada na bolsa de Dalian teve alta de 0,29% e fechou em aproximadamente a US$ 126,14 (866,5 iuanes) a tonelada.
BTG mantém “visão construtiva”
Apesar da volatilidade das ações da Vale no Ibovespa, os analistas do BTG Pactual (BPAC11) não estão pessimistas com a mineradora — muito pelo contrário. Para Leonardo Correa e Caio Greiner, analistas do banco de investimentos, o ambiente de demanda da commodity está melhorando na China e há um mercado cada vez mais segmentado.
Segundo eles, não há razão para alterar o consenso para minério de ferro na faixa de US$ 125 a tonelada para o ano de 2023 e eles ainda esperam que haja revisões para cima nesse ínterim.
“A Vale continua sendo um dos nossos nomes preferidos para exposição à reabertura/aceleração da economia chinesa, à medida que o governo diminui as restrições e a correção do mercado imobiliário é moderada (grande demais para falir)”, destaca o relatório.
Entre outros pontos positivos da mineradora, os analistas do BTG destacam:
- a entrada de um acionista de referência (Cosan) no conselho da Vale;
- uma potencial monetização de metais básicos (esperada ainda para o 1º semestre) como um catalisador de valor para investidores de longo prazo.
“A administração permanece altamente disciplinada em sua estratégia de alocação de capital. Além disso, esperamos que a maior parte da agenda para o médio prazo dependa do retorno de caixa aos acionistas – prevemos um rendimento de 12 a 14% para o ano”, pontuam.
Diante disso, os analistas reiteram a recomendação de compra para as ações da Vale, com papéis negociados a 3,5x o valor justo de mercado (EV/EBITDA) de 2023.