Vale (VALE3) e mineradoras despencam e puxam queda do Ibovespa; veja cotação
As ações da Vale (VALE3) operaram em queda nesta sexta-feira (24) e recuaram 2,2% no fechamento do pregão, cotadas a R$ 85,04, após uma semana de volatilidade nos papéis, com quedas diárias. Junto a queda da blue chip, o Ibovespa perdeu 1,67% aos 105.798,43 pontos.
No último mês, os ativos da Vale operaram com uma desvalorização de 8,76%. No entanto, no acumulado dos últimos 12 meses, subiram 0,91%, de acordo com os dados do Status Invest.
Junto à queda da Vale no Ibovespa, as empresas do setor de mineração e siderurgia também operam com perdas. Confira abaixo:
- CSN (CSNA3): -5,22%
- CSN Mineração (CMIN3): -5,52%
- Usiminas (USIM5): -2,43%
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4): -1,12%
- Gerdau (GGBR4): -1,41%
Entre as razões para a queda da Vale e mineradoras no Ibovespa está a cotação do minério de ferro. Nesta sexta-feira, a commodity, negociada na bolsa de Dalian, recuou 0,22% e fechou em aproximadamente a US$ 131,04 (909,50 iuanes) a tonelada.
Goldman projeta queda de 20% nas ações da Vale
O recente rali do minério fez com que as ações da Vale ficassem mais expostas e sob a mira dos investidores. No entanto, ainda que tenha elevado o preço-alvo para os ADRs da mineradora de US$ 12 para US$ 13,50, o Goldman Sachs mantém a recomendação neutra para a compra e destaca a desaceleração futura dos papéis com a baixa demanda pela commodity.
Após a divulgação do balanço do quarto trimestre da Vale, a casa de investimentos atualizou suas projeções refletindo a cotação do minério de ferro e as taxas de câmbio recentes.
“Nossa projeção de Ebitda da Vale (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2023-25 aumentou em 4-24% em relação aos nossos números antigos, e agora estamos+2 (2023)/-20 (2024)/-25% (2025) versus o consenso Bloomberg sobre o mesmo período”, escreveram os analistas Marcio Farid, Gabriel Simoes e Henrique Marques.
O novo preço-alvo do ADR da Vale, de US$ 13,50, apesar de mais alto em relação ao último relatório, representa uma queda de aproximadamente 20% em relação à cotação atual, de US$ 16,80. Segundo o Goldman, a atualização busca estar em linha com a cotação do minério de ferro a longo prazo.