Segundo o jornal Valor Econômico, o processo de sucessão da Vale (VALE3) continua incerto. Isso porque parte dos acionistas deseja antecipar a troca de CEO, ainda que o novo nome siga indefinido. Por outro lado, o atual presidente, Eduardo Bartolomeo, estaria tentando permanecer o máximo possível no cargo.
De acordo com a publicação, uma parte dos acionistas já vinha defendendo a antecipação do processo de troca do CEO da Vale, a fim de superar as polêmicas envolvendo a suposta divisão no conselho de administração da empresa. A ideia é que quanto antes o assunto for encerrado, menos tempo vão durar os ruídos sobre o tema.
A Vale, por sua vez, já divulgou um comunicado ao mercado informando que o nome do próximo presidente será divulgado em dezembro, e que Eduardo Bartolomeo ocupará o cargo de consultor em 2025.
Neste momento, a dificuldade seria selecionar executivos com disponibilidade para início imediato. Há probabilidade, portanto, de que o sucessor de Bartolomeo seja um CEO já empregado, o que deve demandar mais tempo para a transição. É oportuno lembrar que uma lista tríplice será composta antes da decisão final sobre o novo presidente da Vale.
Fontes ouvidas pelo Valor Econômico dão conta de que, por outro lado, Bartolomeo tenta fazer seu próprio sucessor dentro da empresa. Gustavo Pimenta, vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores, teria ganhado força nos últimos meses, embora Carlos Medeiros, vice-presidente executivo de operações, e Marcello Spinelli, vice-presidente executivo de soluções de minério de ferro, também sejam vistos como opções.
Com isso, segundo as fontes, Bartolomeu tem dito que precisa de mais tempo para fazer um sucessor da empresa e que Pimenta ainda não estaria preparado para assumir a cadeira, o que vem criando um desconforto.
Paralelamente a isso, a consultoria Russel Reynolds está entrevistando os conselheiros da empresa, em uma das etapas do processo de escolha do futuro CEO da Vale.