Membro do conselho de administração da Vale (VALE3), José Maurício Pereira Coelho enviou nesta segunda-feira (22) uma carta ao conselho da mineradora informando sobre sua renúncia ao cargo. Os motivos da renúncia não foram informados.
Com isso, o conselho de administração da Vale deve se reunir nos próximos dias para avaliar a nomeação de um substituto pata preencher a vaga até a próxima Assembleia Geral de Acionistas.
A mineradora explica que, considerando que o atual conselho de administração foi eleito pelo regime de voto múltiplo, a próxima Assembleia Geral de Acionistas terá eleição de todo o Conselho de Administração, salvo do conselheiro eleito pelo conjunto de empregados da companhia.
A ação da Vale (VALE3) encerrou o pregão de hoje em alta de 5,56%, valendo R$ 67,59. No ano, no entanto, o papel da mineradora acumula uma queda de 22,71%, frente ao fechamento a R$ 87,45 ao final de dezembro de 2020.
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Vale: Ativa corta (e muito) o preço-alvo das ações
Apoiada na tese de que a demanda da China, maior consumidora global de minério de ferro, deve continuar limitada, a Ativa Investimentos ajustou o preço-alvo das ações da Vale (VALE3), descendo de R$ 120,40 para R$ 84,50. A recomendação de compra permaneceu neutra.
A demanda da gigante asiática foi reduzida devido às maiores restrições ambientais e a desaceleração das atividades do setor de real estate do país asiático, afetando assim todas as empresas que dependiam da exportação de seus produtos para a China, caso da Vale, que agora deve ter dificuldades para elevar a rentabilidade de sua operação com minerais ferrosos no curto prazo.
A Ativa destaca ainda que não observa redução gradual na dinâmica de custos, que segue limitando a obtenção de maiores margens por parte da companhia, sobretudo em função dos maiores dispêndios logísticos.
“Desta forma, seguimos preferindo empresas e setores com menores assimetrias e melhores relações risco x retorno, mesmo reconhecendo o eventual desconto atual dos múltiplos da mineradora”, diz a Ativa sobre a Vale.