Vale vai retomar operações da mina de Brucutu em 72 horas
A mina de Brucutu da Vale, em Minas Gerais, terá suas operações a úmido retomadas em 72 horas, após o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspender a liminar que interrompia as atividades da barragem de Laranjeiras.
A suspensão das operações da Vale em Brucutu havia sido determinada pela Ação Civil Pública do Ministério Público em fevereiro último. Deste então, a mina operava com um terço de sua capacidade.
Brucutu é a maior mina de Minas Gerais e produz 30 milhões de toneladas de minério de ferro, o que corresponde a 9% da produção nacional da Vale.
De acordo com a mineradora, a decisão desta quarta, dará um “incremento da qualidade média do portfólio de produtos da Vale”.
Além disso, reafirmou sua projeção para as vendas de minério de ferro e pelotas para 2019. Segundo a mineradora, “a expectativa atual é que as vendas se aproximem do centro da faixa”, estimada entre 307 milhões e 332 milhões de toneladas.
Mina de Gongo Soco
No último domingo, o Corpo de Bombeiros afirmou que a movimentação do talude da mina de Gongo Soco, da Vale, registrou recorde alcançando 56 centímetros de deslocamento por dia.
Saiba mais: Movimentação de talude em mina da Vale chega a 56 cm por dia
De acordo com os bombeiros é estimado que a estrutura continue escorregando de forma “lenta e desagregada para o fundo do cava”. A movimentação do talude da mina de Gongo Soco, da Vale, havia registrado, em 2012, 10 centímetros por ano.
A mineradora ainda afirma que o material está “deslizando de forma gradual, o que até o momento corrobora as estimativas de que o desprendimento do talude deverá ocorrer sem maiores consequências“.
Ações judiciais contra barragens
A mina de Brucutu e outras da mineradora são alvos de ações judiciais após a barragem de Brumadinho (MG) ter se rompido em 25 de janeiro deste ano.
O rompimento deixou centenas de mortos e levou a preocupação sobre a segurança das estruturas das barragens e também das operações da Vale.