Vale é questionada pela CVM sobre o anúncio do bloqueio de R$ 800 mi

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a Vale a respeito do bloqueio de R$ 800 milhões da companhia pela Justiça do Trabalho, após o rompimento da barragem de Brumadinho (MG).

No entanto, a Vale divulgou um comunicado ao mercado sobre a decisão judicial e não um fato relevante, o que foi questionado pela Superintendência de Relações com Empresa (SEP).

De acordo com o Valor, o questionamento da CVM foi baseado em uma reportagem do G1 de 28 de janeiro. Entretanto, a Vale acabou confirmando a à Comissão a informação do veículo, dizendo que foi notificada no dia 28 e que no dia seguinte enviou um comunicado ao mercado sobre o assunto.

“Tal informação, no contexto dos demais eventos ocorridos desde o rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, ocorrido na última sexta-feira, dia 25 de janeiro de 2019, por si só, na avaliação da companhia, não seria capaz de alterar a decisão de investimento (ou desinvestimento) do investidor médio, ou na cotação dos valores mobiliários da companhia, não se enquadrando no conceito de fato relevante”, informou a empresa ao regulador, no dia 28 de janeiro.

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Desastre de Brumadinho

Em 25 de janeiro, uma barragem da mineradora Vale se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Dessa forma, um mar de lama acabou destruindo a cidade.

Nesta terça-feira (5), foi iniciado o 12º dia de buscas. Os primeiros corpos ou restos mortais regatados chegaram ao campo usado como centro de operações do Corpo de Bombeiros, em Brumadinho.

Números da tragédia

  • 134 mortos confirmados – 120 identificados;
  • 199 desaparecidos;
  • 192 resgatados;
  • 394 localizados;

Esse é o segundo desastre com barragem em que a Vale se envolve em três anos. Em 2015 ocorreu a tragédia de Mariana, com o rompimento da barragem da Samarco. Naquele desastre morreram 19 pessoas e a lama destruiu centenas de casas e construções.

Renan Bandeira

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