Vale investirá R$ 11 bi para reduzir barragens de rejeito

A Vale vai investir R$ 11 bilhões no sistema de processamento a seco de minério de ferro nos próximos cinco anos. Com isso, a intenção da mineradora é reduzir a quantidade de rejeitos da operação. Dessa forma, a consequência é a redução das barragens de rejeitos pelo País.

Assim, a medida pode evitar a ocorrência de novos desastres como os de Brumadinho e Mariana, ambos em Minas Gerais. Nas duas cidades, barragens da Vale ou ligadas à mineradora romperam e trouxeram diversos danos sociais, ambientais e financeiros. (Mais informações sobre os casos mais abaixo).

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Atualmente, 60% da produção da Vale é a seco, contudo, a intenção da empresa é de que este número chega a 70%. A mineradora afirmou ter investido R$ 66 bilhões na ampliação da produção a seco.

A vantagem deste sistema é que não usa água, e, portanto, não gera rejeitos. Assim, a Vale não precisaria mais de barragens e o risco destas romperem seria reduzido.

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Os lugares em que a Vale já utiliza o processamento a seco no Brasil são:

  • no Pará;
  • unidades em Minas Gerais;

Mariana e Brumadinho

A barragem do Fundão em Mariana (MG) rompeu em novembro de 2015. Os rejeitos atingiram e trouxeram muitos prejuízos ao subdistrito Bento Rodrigues. A barragem era da Samarco, comandada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton.

O desastre de Mariana é considerado o maior ambiental do Brasil e o maior do mundo envolvendo barragens de minérios. Segundo ambientalistas, os efeitos devem permanecer por cerca de cem anos.

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Além disso, houve outro rompimento de barragem mais recente. Assim, no dia 25 de janeiro de 2019, a barragem do Córrego do Feijão se rompeu em Brumadinho (MG). Também da Vale, a barragem que se rompeu deixou mais de 250 mortos, além de desabrigados e desaparecidos no município mineiro.

Consequência para a Vale

Após o ocorrido, a Vale chegou a perder 24% do seu valor de mercado em dias. As ações da mineradora desabaram e foi preciso mexer em seu comando interno.

O presidente da mineradora foi retirado do cargo. A empresa decidiu destituir Fábio Schvartsman do comando da companhia, além de mudar membros da assembleia de acionistas.

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A saída de Schvartsman foi recomendada pela força tarefa que investiga o rompimento da barragem em Brumadinho. O Ministério Público ainda apura as causas do acidente e busca eventuais culpados.

Beatriz Oliveira

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