A mineradora multinacional brasileira, Vale (VALE3), executou nesta quinta-feira (3) a sua primeira venda de minério de ferro através do sistema de blockchain. A tecnologia é a mesma usada nas chamadas “criptomoedas”, como o bitcoin.
“Este é um marco importante rumo à digitalização do processo de vendas ao trazer inovação para as transações que normalmente demandam um grande uso de papel e ao oferecer um nível de serviço mais elevado para os clientes, além de previsibilidade na cadeia de valor do aço”, afirmou a Vale em seu comunicado.
A venda realizada pela empresa incluiu um carregamento de 176 mil toneladas do minério de ferro Brazilian Blend Fines (BRBF), enviado para a Nanjing Iron & Steel Group International Trade, localizada na China.
De acordo com a mineradora, a plataforma de blockchain da Contour foi quem emitiu a carta de crédito e os documentos de navegação e de embarque foram transferidos através do eSS DOCS.
Os bancos DBS Bank Ltd e Standard Chartered Bank Malaysia Berhad também participaram da venda.
“A transação integrada permite segurança e transparência de ponta a ponta, com visibilidade em tempo real da documentação para todos os participantes”, anunciou a mineradora.
Tesla produzirá baterias para redes elétricas da Vale (VALE3)
O Terminal da Ilha Guaíba, na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro, terá utilização de energia armazenada em baterias produzidas pela empresa automotiva americana, Tesla (NASDAQ: TSLA), para gerar eletricidade. O projeto será instalado pela Vale em parceria com a MicroPower e a Siemens. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo, no dia 24 de agosto desse ano.
A utilização do conjunto de baterias da Tesla representará o primeiro projeto no Brasil da empresa fundada pelo empresário Elon Musk.
O projeto da Vale tem a finalidade de substituir a energia que é consumida da rede elétrica que vem da concessionária nos horários entre 18 as 21 horas, que apresentam maior demanda de energia e consequentemente o período em que a tarifa é mais cara.
De acordo com o diretor de Energia da Vale, Ricardo Mendes, as baterias serão capazes de atender o equivalente a 45 mil residências por uma hora, o que permitirá a redução dos custos de energia em aproximadamente 20%.
“As baterias já chegaram. Agora, é só preparar a área e fazer a conexão ao sistema elétrico. É a primeira vez que estamos usando baterias para prover energia em uma área industrial. O uso de baterias é uma das tecnologias que deverá ser aplicada ainda para substituição de diesel por energia elétrica renovável em outros equipamentos de transporte, como locomotivas e caminhões fora de estrada” afirmou o diretor.
Primeiro projeto da Tesla no Brasil
Marco Krapels, ex-vice-presidente da Tesla e fundador da Micropower, empresa que integra sistema de baterias na rede elétrica para o setor industrial, será o responsável pela operação das baterias da Tesla no terminal da Vale. Krapels afirmou que abriu o escritório da empresa há dois meses em São Paulo.
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“Esse é o maior sistema de baterias de íon-lítion do Brasil e o primeiro modelo do tipo da Tesla no Brasil. A importância da Tesla para o projeto é que isso marca a chegada da companhia no Brasil. A Micropower é a parceira da Tesla no Brasil e estamos trabalhando para o desenvolvimento do mercado” comunicou Krapels.
A previsão é de que as baterias da Tesla sejam instaladas no terminal da Vale entre novembro e dezembro desse ano.