As operações da mina de Brucutu, da Vale, em Minas Gerais, tiveram suas operações retomadas integralmente, segundo a mineradora no último sábado (22).
A mina da Vale é a maior de Minas Gerais e representa 9% da produção nacional da companhia, ou então 30 milhões de toneladas de minério de ferro.
O retorno das operações a úmido, que utiliza água no processamento do minério e gera rejeitos, aconteceu depois do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, atender ao pedido de São Gonçalo do Rio Baixo para retomada do uso da barragem.
A barragem teve suas atividades suspendidas em 7 de fevereiro deste ano, pouco depois do rompimento da barragem de Brumadinho (MG), após uma ação civil pública do Ministério Público. Durante o período desde a proibição, a mineradora voltou a operar um vez, mas foi suspensa novamente em 6 de maio.
Na última quarta-feira (19), a mineradora havia informado que as operações seria retomadas, quando STJ derrubou a liminar que suspendia as atividades de Brucutu (MG). Junto com isso, o comunicado da Vale esboço seu plano de venda de minério de ferro.
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Segundo a mineradora, “a expectativa atual é que as vendas se aproximem do centro da faixa”, estimada entre 307 milhões e 332 milhões de toneladas.
Além disso, a mineradora afirmou que a decisão da última quarta dará um “incremento da qualidade média do portfólio de produtos da Vale”.
Pedido de São Gonçalo
Em pedido enviado ao STJ, a prefeitura da cidade afirmou que a proibição das operações da mina afeta diretamente a economia de São Gonçalo.
Além disso, o município afirmou que a barragem da Vale tem uma recente Declaração de Estabilidade, que afasta o risco de rompimento no uso da estrutura.