Vale: MP pede indenização de R$ 300 mil para atingidos em Barão de Cocais
O Ministério Público de Minas Gerais pediu que a Vale (VELE3) pague uma indenização de R$ 300 mil às famílias atingidas pelos danos provocados na barragem de Barão de Cocais, em Minas Gerais.
Mais de 400 pessoas estão sem casa devido aos riscos de rompimento da barragem Sul Superior, da Mina de Gongo Soco, que pertence à Vale. Se caso o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aceitar o pedido, os moradores terão direito a R$ 300 mil a título de danos morais individuais.
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O Ministério Público pediu ainda que a empresa pague R$ 100 mil aos demais cidadãos de Barão de Cocais, além de reparação integral de todos os prejuízos materiais dos atingidos.
A ação ordena que a Vale contrate um corpo técnico para fazer um diagnóstico socieconômico para estabelecer os valores dos impactos sociais. Cobra ainda que a mineradora pague uma auditoria para fiscalizar as ações do processo de reparação e uma assessoria técnica para ajudar as vitimas.
Foi solicitada à Justiça que a empresa forneça um pagamento emergencial mensal aos atingidos, providenciando aluguéis as pessoas com as casas interditadas.
Procurada pela Agência Brasil, a Vale informou que ainda não foi notificada. “Avaliaremos as medidas adequadas quando tivermos acesso ao teor da ação”, diz o texto enviado pela mineradora.
Alerta máximo em Barão de Cocais
A barragem da Vale que fica localizada em Barão de Cocais, em Minas Gerais, entrou em alerta máximo de risco de rompimento no dia 22 de março.
De acordo com a empresa, o nível de segurança da barragem sul superior da mina Gongo Soco subiu de 2 para 3.
A empresa afirmou que a medida tomada é preventiva e foi decidida após um auditor informar que a barragem apresenta “condição crítica de estabilidade”.
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Somando as diversas decisões judiciais decorridas da tragédia de Brumadinho, a Vale está impedida de movimentar mais de R$ 16 bilhões.