A movimentação do talude da mina de Gongo Soco, da Vale, registrou recorde, conforme o documento divulgado pelo Corpo de Bombeiros, no último domingo (16). A movimentação alcançou 56 centímetros por dia.
Conforme os bombeiros é estimado que a estrutura continue escorregando de forma “lenta e desagregada para o fundo do cava”. A movimentação do talude da mina de Gongo Soco, da Vale, havia registrado, em 2012, 10 centímetros por ano.
Conforme a mineradora, o material está “deslizando de forma gradual, o que até o momento corrobora as estimativas de que o desprendimento do talude deverá ocorrer sem maiores consequências“.
É conhecido por talude um terreno inclinado que serve para dar sustentação e estabilidade no solo. Já por cava, a cavidade de onde é retirado o minério.
Blocos de talude se desprendem
Blocos de talude se desprenderam no dia 31 de maio. No entanto, conforme a Vale, a estrutura da barragem Sul Superior não foi afetada.
“A Vale informa que identificou ao longo da madrugada desta sexta-feira (31), o desprendimento de fragmentos do talude norte da cava da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais“, disse a nota divulgada.
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Por ficar próxima a barragem e poder ocasionar um rompimento em cadeia, o maior receio da Defesa Civil e Agência Nacional de Mineração é de rompimento da talude. A consequência seria a destruição da barragem Superior e liberação de 6 milhões de m³ de rejeitos.
Vale reserva dinheiro para descomissionamento de barragens
No dia oito deste mês, a mineradora informou que será provisionado para acelerar o descomissionamento de nove barragens que contém rejeitos da mineração de ferro US$ 1,9 bilhão.
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Conforme a Vale, as barragens que serão descomissionadas são similares àquelas de Mariana e de Brumadinho. E estão em Minas Gerais.