O lucro líquido da Vale (VALE3) em 2018 foi de R$ 25,774 bilhões. Houve alta de 45,83% sobre 2017 (17,670 bilhões). No quarto trimestre do ano passado, o lucro líquido foi de R$ 14,6 bilhões, contra R$ 2,89 bilhões do mesmo período de 2017.
A Vale atribui a alta principalmente à:
- maior geração de caixa medida pelo Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (Ebitda) de R$ 12,1 bilhões;
- e ao menor impacto do resultado negativo proveniente das operações descontinuadas.
O Ebitda da empresa no quarto trimestre de 2018 foi de R$ 14,216 bilhões, enquanto no mesmo período do ano anterior era de R$ 10,837 bilhões.
Enquanto no acumulado do ano passado, o Ebitda foi de R$ 55,416 bilhões. Em 2017, o Ebitda foi de R$ 32,827 bilhões.
Por outro lado, o Ebitda ajustado registrado foi de:
- quarto trimestre de 2018: R$ 17,059 bilhões contra R$ 13,385 do quarto trimestre ano anterior.
- 2018: R$ 61,065 bilhões contra R$ 48,992 bilhões de 2017.
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Receita, lucros e dívida
A receita líquida das vendas da Vale foi de R$ 37,455 bilhões entre outubro e dezembro de 2018. No mesmo período do ano anterior, a receita acumulada foi de R$ 29,827 bilhões.
No ano passado, a receita líquida das vendas foi de R$ 134,483 bilhões, ao passo que em 2017 foi de R$ 108,532.
O lucro bruto da Vale foi de R$ 15,514 bilhões no último trimestre de 2018. Foram R$ 10,996 bilhões de igual período do ano anterior.
Nos 12 meses de 2018, o lucro bruto foi de RS 53,282 bilhões. Em 2017, o lucro bruto foi de R$ 41,275 bilhões.
O lucro operacional da Vale nos três últimos meses do ano passado foi de RS 10,904 bilhões. Valor superior que aquele registrado em período semelhante do ano retrasado: R$ 23,962 bilhões.
Em 2018, o lucro operacional foi de R$ 43,869 bilhões, enquanto em 2017, o lucro bruto foi de R$ 34,812 bilhões.
A dívida da Vale, divulgada apenas em dólares, encerrou 2018 em:
- dívida bruta: US$ 15,466 bilhões, frente aos US$ 22,489 bilhões de 2017.
- dívida líquida: US$ 9.650 bilhões, frente aos US$ 18,143 bilhões de 2017.
Previsto para ser divulgado em 13 de fevereiro, o balanço foi adiado devido à tragédia de Brumadinho.
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Vale cita Brumadinho em balanço
A empresa cita o rompimento da barragem em Brumadinho. De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, o total de mortes é de 214 até o momento. Confira:
“No início da tarde de 25 de janeiro de 2019, ocorreu rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão em Brumadinho (MG), e desde então, a Vale está envidando todos os seus esforços para o atendimento dos atingidos e mitigação dos danos.
Desde os primeiros dias que se seguiram à ruptura da Barragem I, as iniciativas da Vale tiveram quatro propósitos principais:
- assistência aos atingidos e recuperação da área atingida pelo
rompimento da Barragem I; - apuração das causas pelo rompimento da Barragem I;
- garantir a segurança das estruturas a montante e das comunidades no seu entorno;
- aceleração do processo de descomissionamento ou descaracterização de nossas barragens a montante remanescentes”, escreveu a empresa.
A Vale citou também a constituição do Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Apoio e Reparação (CIAE de Apoio e Reparação), que visa acompanhar as providências necessárias para minimizar os impactos, humanos e materiais, causados pelo rompimento da barragem.