Vale e grupo chinês CCCC investirão US$ 450 mi em usina de aço no Pará
Nesta quinta-feira (23), o grupo chinês de engenharia e construção, China Communication Construction Company (CCCC), dará inicio em parceria com a Vale a instalação de uma laminadora de aço no Pará.
De acordo com o governo paraense, o investimento da laminadora no estado será de US$ 450 milhões de dólares. Conforme a última cotação do dólar, valor aproximado de R$ 1,8 bilhões. Nesta quinta, ocorrerá um evento no Pará, onde será assinado pela Vale e a CCCC um protocolo de entendimento para a construção.
O grupo chinês controla a maior companhia de engenheira consultiva do Brasil, Concremat, que será responsável por montar o empreendimento. A cerimônia contará com a presença do governador, Helder Barbalho, e dos presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, e da Concremat, Mauro Viegas Neto.
Minério de Ferro
A siderúrgica será instalado em Marabá com capacidade de 300 mil toneladas ao ano de aços laminados. De acordo com Barbalho, o projeto executivo e o licenciamento serão concluídos até 2020, para então dar início a construção.
“A ideia é que entre em operação em 2023. A produção será destinada ao mercado interno e será o primeiro passo para a nova agenda de agregação de valor ao minério de ferro no estado. Poderemos estimular a ida de outros investidores“, disse o governador.
Saiba Mais: Talude da mina da Vale em Barão dos Cocais deve se romper nesta semana
Para Barbalho o novo empreendimento tem capacidade de “alavancar a economia de dezenas de municípios mineradores”.
O estado reivindica uma siderúrgica há muito tempo, no entanto, apenas cerca de 10 anos foi apresentado um projeto. “Pela primeira vez em mais de quatro décadas de exploração mineral no território paranaense, o Pará dispõe de um novo modelo produtivo. A cadeia do minério de ferro, torna possível a implementação de uma usina laminadora de aço em Marabá”, diz o governador
Estrutura
De acordo com a estrutura montada, a Concremat e CCCC serão responsáveis pelo estudo de viabilidade econômica da usina. A Vale será responsável pelo suporte financeiro, além disso, a mineradora oferecerá garantias para o financiamento.
Saiba Mais: Vale: Justiça de MG aumenta multa para R$ 300 milhões
Caso seja necessário, no futuro a mineradora poderá transformar a sua garantia financeira em participação acionária. O financiamiento usina será feito através de bancos.
A confirmação do acordo entre a Vale e a Concremat foi feita nesta manhã, no entanto, ambas não concederam entrevistas.