A Vale aplicará R$ 16,96 bilhões na manutenção de suas operações no Brasil neste ano. Os dados que foram divulgados pela própria empresa, nesta segunda-feira (25) e apontam que o investimento para este ano é superior ao realizado em 2018, quando foram investidos R$ 14,45 bilhões.
Logo após o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), a Vale afirmou que gastaria cerca de R$ 5 bilhões para acabar com as estruturas a montante.
Além disso, o companhia ainda sinalizou que o investimento destinado à barragens em 2019 será de R$ 256 milhões, superior aos R$ 241 milhões aplicados em 2018.
De acordo com a Vale, para 2020 o investimento será de aproximadamente R$ 1,5 bilhão na implementação de tecnologia de disposição de rejeito a seco, conhecido como dry stacking.
“Com aumento contínuo da parcela de produção a seco, de 45% em 2014 para 60% em 2018 e 70% em 2023, tendem a ser reduzidos concomitantemente os investimentos em novas barragens e alteamentos”, informou a mineradora.
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Barragens do tipo a montante que a Vale promete eliminar
- 8B – Nova Lima (MG)
- Sul Superior – Barão de Cocais (MG)
- B3/B4 – Nova Lima (MG)
- Barragem I – Brumadinho (MG) *rompeu em janeiro*
- Vargem Grande – Nova Lima (MG)
- Fernandinho – Nova Lima (MG)
- Forquilha I – Ouro Preto (MG)
- Forquilha II – Ouro Preto (MG)
- Forquilha III – Ouro Preto (MG)
- Grupo – Ouro Preto (MG)
Nove das 10 barragens apresentam “categoria de risco” baixo e “potencial de dano” alto, inclusive a de Brumadinho (MG) que se rompeu em janeiro deste ano. No entanto, a única que se difere desses casos é a Barragem Fernandinho, que possui um potencial de dano baixo.
A Agência Nacional de Mineração (ANM), classifica o dano potencial com base nas perdas das vidas humanas, impactos sociais, econômicos e ambientais, em caso de rompimento da barragem.
Alerta máximo em Barão de Cocais
A barragem da Vale que fica localizada em Barão de Cocais, em Minas Gerais, entrou em alerta máximo de risco de rompimento durante a última sexta-feira (22).
De acordo com a empresa, o nível de segurança da barragem sul superior da mina Gongo Soco subiu de 2 para 3.
A Vale afirmou que a medida tomada é preventiva e foi decidida após um auditor informar que a barragem apresenta “condição crítica de estabilidade”.