Vale afasta dez funcionários acatando pedido da força-tarefa
Vale informou na última sexta-feira (8) que dez funcionários serão afastados de seus cargos. A decisão foi tomada pela Diretoria Executiva, após reunião na quinta (7). Dessa forma, a empresa acata as recomendações da força-tarefa que cuida do caso do rompimento da barragem de Brumadinho (MG).
Após a decisão da Vale, foram afastados cinco gerentes e outros cinco engenheiros e geólogos.
No último sábado (2), o presidente da companhia, Fábio Schvartsman, e outros nomes pediram afastamento temporário de seus cargos:
- Ged Peter Poppinga – Diretor Executivo de Ferrosos e Carvão;
- Lucio Flavio Gallon Cavalli – Diretor de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos e Carvão;
- Silmar Magalhães Silva (Diretor de Operações do Corredor Sudeste).
Saiba mais: Eduardo Bartolomeo assume presidência interina da Vale
Saiba mais: Ações da Vale sobem após troca de presidente
Decisão da Diretoria Executiva
Na última quinta-feira, a companhia havia informado ao “Broadcast” que a decisão ainda não estava tomada e que o prazo se encerraria na segunda-feira (11).
No entanto, o comunicado distribuído pela empresa na sexta-feira (8), informa que o Conselho de Administração já havia decidido atender integralmente as recomendações.
Dessa forma, serão afastados definitivamente:
- Alexandre Campanha – Gerente de Geotecnia Corporativa;
- Marilene Araújo – Gerente de Gestão de Estruturas Geotécnicas;
- Joaquim Toledo – Gerente Executivo de Planejamento e Programação do Corredor Sudeste;
- Rodrigo Melo – Gerente Executivo do Complexo Paraopeba;
- César Grandchamp – Geólogo da Gerência Executiva de Planejamento e Programação do Corredor Sudeste;
Além disso, outros cinco funcionários serão realocados em outras funções.
Desastre de Brumadinho
A Barragem 1 de rejeitos da mina de Córrego do Feijão estourou no dia 25 de janeiro. A mina, localizada na área metropolitana de Belo Horizonte, é de propriedade da Vale.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, ao menos 197 pessoas morreram e 111 estão desaparecidas.
O acidente gerou uma avalanche de lama, que liberou em torno de 13 milhões de metros cúbicos (m³) de rejeitos. A lama destruiu parte do centro administrativo da empresa em Brumadinho, e arrastou casas e até uma ponte.
A barragem rompida faz parte do complexo de Paraopeba. A mina é responsável por 7,3 milhões de toneladas de minério de ferro do terceiro trimestre de 2018. O volume corresponde a 6,2% da produção total da Vale.
