A mineradora Vale teve mais de R$ 800 milhões bloqueados pela Justiça do Trabalho de Minas Gerais, a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Desta forma, com a decisão da última quarta-feira (30) que foi divulgada na manhã desta quinta-feira (31), a Vale soma mais de R$ 12 bilhões em recursos bloqueados.
De acordo com a decisão, o bloqueio de recursos foi feito como uma garantia de pagamento das indenizações trabalhistas referente ao acidente de Brumadinho (MG).
No entanto, já haviam sido bloqueados outros R$ 800 milhões das contas da Vale. Além disso, o pedido também foi feito pela Justiça do Trabalho a pedido do Ministério Público do Trabalho.
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A tragédia que aconteceu após o rompimento da barragem de rejeitos da Vale, pode chegar a cerca de 350 trabalhadores mortos. De acordo com a procurada-chefe do MTP, Adriana Augusta Souza, as ações da Justiça do Trabalho são formas de proteger os trabalhadores e suas famílias.
“As ações coletivas são o caminho mais curto para a proteção de trabalhadores e famílias de vítimas, por meio delas, uma única decisão beneficia todo o grupo de trabalhadores afetados”, afirmou a procuradora-chefe.
Conforme Adriana Augusta “essa resposta rápida da Justiça do Trabalho de Minas Gerais aos pedidos apresentados do MPT, com certeza, é decisiva para alcançarmos a celeridade que as ações de socorro às vítimas da tragédia demandam”.
Acidente Brumadinho (MG)
O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, aconteceu na última sexta-feira (25).
Desta forma, um “mar de lama” se formou destruindo toda a cidade, deixando até o momento:
- Mortos: 99 (desses 57 foram identificados);
- Desaparecidos: 257;
- Desalojados: 176;
- Pessoas localizadas: 395.
Recursos bloqueados da Vale
Além disso, antes da decisão tomada pela Justiça do Trabalho nesta semana, a mineradora já possuía R$ 11,8 bilhões bloqueados. Todavia, o objetivo é garantir a recuperação dos danos causados pelo rompimento da barragem de rejeitos.
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No entanto, além dos recursos bloqueados, a Vale foi multada em um valor aproximado de R$350 milhões pelo Ibama, governo de Minas Gerais e a Universidade Federal de Minas Gerais, por conta do desastre.