Vacina: Rússia pretende lançar versão light da Sputnik V
A Rússia informou que pretende lançar em fevereiro ou março uma versão ‘light’ da Sputnik V, vacina que desenvolveu contra o coronavírus (Covid-19). As informações são do jornal Valor Econômico.
Segundo um porta-voz do Fundo Soberano da Federação Russa informou ao jornal, a vacina Sputnik Light está em fase de ensaio clínico em Moscou e São Petersburgo. Além disso o imunizante é de apenas uma dose.
O imunizante light possui a mesma fórmula da Sputnik V, mas com apenas um vetor, que seria o vírus inativo. De acordo com o instituto Gamaleia, a nova vacina deve alcançar 85% de eficácia. As duas doses da Sputnik V têm 91,6% de eficácia.
O porta-voz ainda destacou que “a eficácia do Sputnik V após a 1ª dose confirma a possibilidade de uso da vacina de componente único Sputnik Light com uma dose com um único vetor”.
O País acredita que a eficácia do novo imunizante será maior do que a eficácia da primeira dose ou do que o regime de dose completa de outras vacinas.
Além disso, a diretora do Centro Rússia, do Instituto Francês de Relações Internacionais (Ifri), Tatiana Kastouéva-Jean, apontou que uma versão light da vacina “contribuirá sem dúvida com o soft power russo”.
Vale lembrar que há algum tempo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, já havia comentado algo sobre uma vacina de uma dose. O mandatário afirmou que “aplicar uma única dose, que será eficaz de maneira mais breve, terá um nível de proteção inferior, mas podemos produzir imediatamente dezenas de milhões”.
Ministério da Saúde formaliza intenção de comprar vacina Sputnik V
O Ministério da Saúde formalizou, na manhã da última sexta-feira (5), a intenção de compra de doses da vacina russa Sputnik V. Caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libere o uso emergencial do imunizante, e o governo considerar o preço “competitivo”, serão compradas inicialmente 10 milhões de doses, disse o secretário-executivo do ministério, Elcio Franco.
O Ministério da Saúde já havia informado, na última quarta-feira (3), que negociada com o instituto russo Gamaleya, fabricante da Sputinik V e que instalou uma linha de produção no Distrito Federal, e com o laboratório indiano Bharat Biotech, fornecedor do imunizante Covaxin.
De acordo com o comunicado do ministério, as doses devem chegar entre fevereiro e março. A partir de abril podem ser produzidas cerca de 8 milhões de doses da vacina diretamente no Brasil, se o negócio for fechado.