Vacina contra coronavírus pode estar pronta em um mês, afirma Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na última terça-feira (15) que uma vacina que combata o novo coronavírus (Covid-19) pode estar pronta e disponível em um mês. Caso a estimativa do mandatário se confirme, o medicamento chegará à população antes das eleições presidenciais, marcadas para novembro, quando Trump tentará se reeleger.
“Estamos muito perto de ter uma vacina”, afirmou Trump, em sessão de perguntas e respostas com eleitores na Pensilvânia transmitida pela emissora “ABC News”. No mesmo evento, entretanto, o presidente norte-americano também disse que a pandemia poderia desaparecer por conta própria.
“Estamos a semanas de tê-la, sabe, podem ser três semanas, quatro semanas”, complementou o presidente. Horas antes, todavia, o mandatário havia dito, em entrevista ao canal “Fow News”, que uma vacina poderia estar pronta “em quatro semanas, mas também poderiam ser oito semanas”.
No programa organizado pela ABC, o presidente foi perguntado se havia menosprezado a gravidade da pandemia, que já matou quase 200 mil pessoas em todo o país. Trump respondeu que “não a menosprezei. Na verdade, de muitas maneiras, eu a superestimei em termos de ações”.
Opositores acusam Trump de pressionar órgãos para acelerar aprovação da vacina
Os adversários de Trump, sobretudo o candidato à presidência pelo Partido Democrata, Joe Biden, acusam o presidente de pressionar os órgãos de regulação do governo e os especialistas para a aprovação apressada de uma vacina, com o intuito de colaborar com o atual presidente nas eleições presidenciais.
No fim de agosto, o jornal britânico “Financial Times” informou que Trump pode utilizar a chegada da vacina aos Estados Unidos como um trunfo para as eleições. Ele está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do representante de Biden. O oponente de Trump diz que a resposta dos Estados Unidos ao vírus foi o “pior desempenho de qualquer nação”.
Todavia, segundo o jornal, se o governo Trump se apressar em obter a autorização de emergência antes das eleições, contornando as diretrizes normais das autoridades competentes, isso pode influenciar a abalada confiança do público na segurança de uma possível vacina à frente de um dos maiores programas de imunização em massa da história do país.