Blau (BLAU3) pede uso emergencial da vacina Sinopharm à Anvisa
A farmacêutica Blau (BLAU3) apresentou um pedido de uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para utilização da vacina Sinopharm contra a Covid-19.
Atualmente a vacina do laboratório chinês ainda não tem contrato com o Ministério da Saúde, mas já teve uso emergencial aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início de maio. Segundo a Anvisa, as próximas 24 horas serão utilizadas para realizar a triagem do processo acerca da Sinopharm.
Além disso, a agência deve verificar se os documentos necessários para avaliação do pedido de autorização temporária estão disponíveis, com um prazo de análise que pode ir de sete a trinta dias.
A Blau Farmacêutica fez o pedido porque representa a vacina do laboratório chinês no Brasil.
“Pela norma, o prazo de avaliação será de sete dias quando houver desenvolvimento clínico da vacina no Brasil ou quando o relatório ou parecer técnico emitido pela autoridade sanitária estrangeira seja capaz de comprovar que a vacina atende aos padrões de qualidade, de eficácia e de segurança estabelecidos por entidades internacionais”, diz a Anvisa em nota.
O desenvolvimento da vacina, contudo, não teve estudos clínicos conduzidos no Brasil, segundo informou a Anvisa – ao passo que a aprovação da OMS se deu em maio.
Confira os imunizantes já aprovados pela OMS:
- Pfizer/BioNTech
- Oxford/AstraZeneca
- Janssen (Johnson & Johnson)
- Moderna
- Sinopharm
- CoronaVac
A vacina é aplicada em duas doses, assim como algumas já utilizadas nos sistemas de saúde brasileiro. O intervalo exigido é de três a quatro semanas entre cada dose.
Anvisa não aprovou vacina Sputnik V e governo cancela compra
Ainda na semana passada, o Ministério da Saúde informou que irá rescindir o contrato de compra de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, visto que a Anvisa não aprovou seu uso em território nacional.
A justificativa para o cancelamento da compra justamente a não aprovação do órgão de vigilância sanitária do Brasil (Anvisa), já que esta seria uma das exigências do contrato firmado com a União Química, empresa intermediária da compra.
Vale frisar que no início de junho Anvisa chegou a autorizar a compra de um volume reduzido da vacina, porém a aplicação só poderia acontecer depois que o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) aprovasse cada lote adquirido.