De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, o governo norte-americano pode tentar aplicar a vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) na população em outubro. A informação, que foi ventilada em documentos do órgão público de saúde aos estados do país, foi revelada pelo jornal “The New York Times”.
Segundo o jornal, em vias da possibilidade da disponibilização da vacina já no mês que vem, o CDC solicitou aos estados que preparassem locais e equipamentos para a aplicação em massa do medicamento.
Caso as informações se confirmem, a população passará a ser vacinada antes das eleições presidenciais norte-americanas, marcadas para 3 de novembro. Na convenção do Partido Republicano no fim do mês passado, o presidente Donald Trump disse que gostaria de iniciar a vacinação da população antes das votações.
A imprensa estadunidense revelou que os documentos foram enviados pelo CDC aos estados na semana do dia 27 de agosto, a mesma da última convenção republicana. A liberação do medicamento antes das votações pode ser o trunfo do atual presidente contra o opositor democrata Joe Biden, que lidera as intenções de voto nas pesquisas.
Trump quer acelerar vacina que ainda está em teste
A vacina norte-americana, que está sendo desenvolvida no Reino Unido pelo Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, ainda está em fase de testes. O medicamento está na terceira e última fase de experimentos, já sendo testada em humanos.
Segundo especialistas, um cenário otimista estima a disponibilização da vacina entre o fim de outubro e novembro. Todavia, traduzir a confirmação da produção do medicamento para uma vacinação em massa já em outubro necessita de aprovação dos órgãos reguladores em tempo recorde.
De acordo com o CDC, o intuito é vacinar primeiro os profissionais essenciais, como das áreas de segurança e saúde. Essa primeira parte da vacinação poderia acontecer já nas próximas semanas e teria cerca de 3 milhões de doses de dois potenciais medicamentos.
Os documentos do CDC aos estados traz orientações sobre logística, temperatura e materiais necessários, caso a vacinação ocorra. Segundo o diretor do órgão, Robert Redfield, as autoridades poderiam ter de deixar de fazer algumas exigências à vacina para acelerar o processo de vacinação. Na carta ao estados, Redfield diz que a velocidade de aprovação não interferiria na confiabilidade do medicamento.
Em agosto, a Rússia foi criticada pela comunidade internacional após anunciar oficialmente a primeira vacina do mundo, mas sem terminar os protocolos exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As autoridades russas disseram que já iniciaram a produção em massa e que irão vacinar milhões de pessoas antes da finalização completa dos testes.
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