Vacina de Oxford tem eficácia de até 90%

A vacina de Oxford e da AstraZeneca mostrou, segundo resultados preliminares da terceira fase de testes, 90% de eficácia, a depender da dosagem. O anúncio foi feito pelo laboratório na manhã desta segunda-feira, mas os resultados ainda não foram revisados por outros cientistas nem publicados em revistas especializadas.

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Segundo a divulgação, que levou em conta testes feitos no Reino Unido, no Brasil e na África do Sul, o antígeno teve eficácia de 90% quando houve a aplicação de meia dose seguida de uma completa após um mês. Quando houve a aplicação de duas doses completas, a eficácia caiu para 62%.  A média da eficácia da vacina de Oxford ficou em 70,4%.

O fato de a aplicação de uma meia dosagem gerar resposta imune mais forte anima os pesquisadores: dessa forma, mais pessoas poderão ser vacinadas em um menor intervalo de tempo. Além disso, o chefe do estudo, Andrew Pollard, afirmou estar otimista que o tempo de imunidade gerado seja de ao menos um ano.

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Entre os 24 mil voluntários, acompanhados desde abril, apenas 131 foram infectados com a Covid-19 e, desses, 101 haviam recebido o placebo. Entre os que receberam a vacina e tiveram a doença, não houve nenhum caso grave.

Os resultados da vacina de Oxford empolgam pelo fato de ela ser a que, até agora, apresenta uma maior facilidade em relação a sua logística de distribuição. Enquanto as vacinas da Pfizer e da Moderna requererão um transporte mais cuidadoso, com a primeira precisando de um armazenamento de -70° C e a segunda de -20º C, a vacina de Oxford precisa ser guardada em condições normais de refrigeração (de 2° a 8° C)

Além da Vacina de Oxford, Brasil assinará intenção de compra com 5 empresas

O Ministério da Saúde informou ontem que deve assinar cartas de intenção não-vinculantes com cinco empresas para compra futura de antígenos. A compra efetiva dependerá da autorização regulatória, feita pela Anvisa, e da possível incorporação ao SUS. Segundo a nota, houve encontros da instituição com representantes das americanas Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson, com a indiana Bharat Biotech e com o Fundo Russo de Investimento Direto.

O corpo técnico do Ministério estaria analisando a documentação e verificando a melhor forma de contratação. Segundo a entidade, o Brasil tem acordos para ter acesso a 142,9 milhões de doses de vacina contra a Covid-19, que poderão imunizar ao menos um terço da população brasileira. Além disso, o esperado é que em 2021 o país consiga produzir cerca de 110 milhões de doses pela Fiocruz.

Até então, o Governo Federal apostava principalmente na vacina de Oxford, tendo já assinado um acordo de compra e uma futura transferência de tecnologia para produção nacional.

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Vitor Azevedo

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