A farmacêutica norte-americana Moderna anunciou, nesta segunda-feira (16), que sua vacina experimental contra o novo coronavírus (covid-19) apresentou eficácia de 94,5% em resultados iniciais da fase 3 dos testes clínicos.
Na semana passada, os laboratórios Pfizer e BioNTech também haviam informado que seu potencial imunizante para o coronavírus se mostrou 90% efetivo. A Rússia, por sua vez, afirmou que sua vacina experimental, conhecida como Sputnik V, registrou 92% de eficácia.
“Este é um momento crucial no desenvolvimento de nossa candidata a vacina para covid-19. Desde o início de janeiro, temos perseguido esse vírus com a intenção de proteger o maior número possível de pessoas ao redor do mundo”, disse o CEO da Moderna, Stéphane Bancel.
A farmacêutica disse que pretende pedir à Administração de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) a autorização para uso emergencial da vacina nas próximas semanas.
Os dados apresentados nesta segunda são de testes realizados com 30 mil pessoas. Os resultados mostraram que 90 voluntários que receberam injeções de placebo contraíram a covid-19, enquanto apenas 5 que receberam a vacina ficaram doentes. Essa proporção de 94,5% de eficácia, porém, ainda pode mudar quando a contagem final for feita nas próximas semanas.
“A análise preliminar sugere um perfil de segurança e eficácia amplamente consistente em todos os subgrupos avaliados”, informou um trecho do comunicado da empresa. De acordo com a Moderna, seu potencial imunizante para o coronavírus tem uma vida útil de 30 dias mesmo se for mantido em geladeiras convencionais.
Pfizer recebe autorização para ampliar estudos da vacina no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou no mês passado que concedeu autorização à farmacêutica americana Pfizer e à sua parceira alemã BioNTech para dobrar o número de voluntários de sua vacina contra o coronavírus no Brasil.
Com isso, o número de participantes dos testes do potencial imunizante da Pfizer sairá de 1 mil para 2 mil no País. Até o momento, os estudos da vacina da empresa acontecem nas capitais dos estados da Bahia e de São Paulo. As regiões de avaliação continuam as mesmas, apesar do aumento do total de voluntários.
Além da ampliação da base de participantes, a autoridade reguladora também autorizou o corte na faixa etária para viabilização, antes fixado no patamar mínimo de 18 anos. Com a mudança, pessoas mais jovens, a partir de 16 anos, poderão participar dos estudos. As “solicitações para a ampliação do número de voluntários, entre outras alterações, são comuns em testes clínicos”, comunicou a Anvisa.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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