De acordo com o Ministério da Saúde, a produção da vacina no Brasil contra o novo coronavírus (Covid-19), que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, custará R$ 1,8 bilhão. O contrato deve ser assinado na segunda semana deste mês.
Segundo a pasta, o investimento na vacina, que será produzida junto à farmacêutica norte-americana AstraZeneca, será realizado em duas partes. A primeira, com um aporte de R$ 522,1 milhões, será direcionada para a estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), produtora de imunobiológicos.
A segunda parte, com o investimento de R$ 1,3 bilhão, trata-se de despesas como pagamentos no contrato das encomendas de materiais tecnológicos. Em nota, o ministério disse que o contrato “dará base para o acordo entre os laboratórios sobre a transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de vacinas contra a Covid-19, caso seja comprovada sua eficácia e segurança”.
Dessa forma, o Brasil terá acesso a 100 milhões de doses da vacina. Do total, 30 milhões serão entregues entre dezembro deste ano e janeiro de 2021, e as 70 milhões de doses serão disponibilizadas durante o primeiro semestre do ano que vem.
O País será o primeiro fora do Reino Unido a ter acesso à medicação de Oxford. Um dos motivos da escolha do Brasil para a conclusão do contrato foi a atual situação da pandemia no País. O Brasil é o segundo no mundo com mais casos confirmados, com mais de 2,7 milhões, além de mais de 92 mil mortes. Somente os Estados Unidos possuem mais casos confirmados e vítimas pela doença.
Na última terça-feira (28), o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, havia dito que o Brasil deve receber o primeiro lote da vacina, com 15,2 milhões de unidades, em dezembro deste ano. Caso o medicamento fosse aprovado, a população passaria a ser vacinado no mesmo mês.
Veja também: Vacina da Moderna contra Covid-19 entra em fase final de testes
A vacina de Oxford está em fase avançada de desenvolvimento. Embora possa ser liberada ainda em 2020, os pacientes que participaram dos testes serão monitorados por mais um ano.
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