A AstraZeneca (NASDAQ: AZN) informou, neste domingo (1), que o órgão regulador de saúde do Reino Unido iniciou uma revisão acelerada de sua potencial vacina contra o novo coronavírus (Covid-19).
“Confirmamos a revisão em andamento pelo MHRA (Agência Regulatória de Produtos de Saúde e Remédio) de nossa potencial vacina contra a Covid-19”, disse um porta-voz da farmacêutica norte-americana.
Nesse processo de revisão, as autoridades são capazes de analisar dados clínicos em tempo real e manter contato com as empresas envolvidas sobre processos de produção e testes para acelerar o aprovação, ou não, do medicamento. Isso faz com que as avaliações de remédios ou vacinas promissoras sejam aceleradas.
A vacina da AstraZeneca contra o coronavírus está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford.
Testes chegaram a ser paralisados, mas vacina pode ser entregue no fim do ano
No início de setembro, os testes para a vacina desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford chegaram a ser interrompidos por um efeito adverso em um dos voluntários. No entanto, paralisações em estudos dessa natureza são comuns, e a vacina pode ser entregue — caso aprovada em todos os testes — ainda neste ano, disse o CEO da farmacêutica, Pascal Soriot, à época.
Em entrevista a jornalistas, o executivo disse que a fabricação para a distribuição global do medicamento deve estar concluída no começo de 2021, com a possibilidade de distribuir a vacina para todas as regiões do mundo ao mesmo tempo. A parceria AstraZeneca-Oxford fechou acordos com vários países, fabricantes e outras instituições em todo o planeta para ajudá-la na fabricação e distribuição do imunizante.
Após a informação da paralisação dos testes vir à tona, a farmacêutica descreveu a pausa como “ação de rotina que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada em um dos ensaios”. “Em grandes ensaios, as doenças acontecem por acaso, mas devem ser revistas de forma independente para verificar isso cuidadosamente”, completou a empresa.
Pandemia avança e Inglaterra instaura novo lockdown
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, determinou no último sábado (31) um novo período de lockdown na Inglaterra. A determinação tem início na próxima quinta-feira (5) e valerá até dezembro, e tem por objetivo conter o ressurgimento da pandemia na região.
“Temos que ser humildes diante da natureza. Neste país, infelizmente, como em grande parte da Europa, o vírus está se espalhando ainda mais rápido do que o pior cenário possível de nossos consultores científicos”, afirmou o premiê britânico. Ao passo que atividades não essenciais deverão ser fechadas, escolas, postos de trabalho e exercícios estão autorizados a funcionar.
A nova determinação vem à tona após o aumento de hospitalizações e mortes oriundas do coronavírus no Reino Unido. Segundo a modelagem utilizada pelo principal consultor científico do governo britânico, as hospitalizações mortes ultrapassariam os níveis observados durante a primeira onda da pandemia na primavera, caso nenhuma atitude fosse tomada. A aprovação de uma vacina ainda neste ano pode diminuir as chances de novas restrições.
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